segunda-feira, 20 de abril de 2015

SUFI

DANÇA SUFI: O RITUAL SEMA DA ORDEM DOS DERVISHES
A ordem dos Dervishes girantes é um ramo da vasta tradição Sufi do Islã, que compartilha dos valores universais do amor e do serviço. O ritual de girar, que é praticado por esta Ordem, simboliza estes valores nos corações e mentes de milhões de pessoas ao redor do mundo.
O significado fundamental de Sema
O Ritual Sema, que é a dança Sufi, começou com a inspiração de Mevlâna Jalâluddîn Rumi (1207-1273) e foi influenciado pelos costumes e cultura Turcos.
A condição fundamental de nossa existência é girante. Não há ser ou objeto que não se mova em giros, pois todas as coisas são compostas de elétrons, prótons e nêutrons, que giram em átomos. Tudo gira, e o ser humano vive por meio do girar destas partículas, pelo girar do sangue no seu corpo, o girar dos estágios de sua vida, pelo seu vir da terra e retornar a ela. Todos estes giros são naturais e inconscientes, mas o ser humano possui a mente e a inteligência que o distinguem de outros seres. Portanto, os Dervishes girantes (ou semazen) intencionalmente e conscientemente participam e compartilham o girar dos outros seres.
Ao contrário da crença popular, o objetivo não é perder a consciência ou cair num estado de êxtase. Ao girar em harmonia com todas as coisas da natureza – com as menores células e com as estrelas no firmamento – os semazen testemunham a existência e a majestade do Criador, pensam Nele, agradecem a Ele, e oram a Ele. Ao fazê-lo, os semazen confirmam as palavras do Corão: “O que há nos céus e o que há na terra glorificam a Allah” (Al-Taghaabun, 64:1).
Uma característica importante deste ritual de sete séculos é que ele reúne os três componentes fundamentais da natureza humana: a mente (pelo conhecimento e pensamento), o coração (através da expressão de sentimentos, poesia e música) e o corpo (ativando a vida, girando). Estes três elementos são integralmente unidos tanto na teoria quanto na prática, como talvez em nenhum outro ritual ou sistema de pensamento.
A cerimônia representa a jornada espiritual do ser humano, uma ascenção por meio da inteligência e amor à Perfeição (Kemal). Girando em direção à verdade, ele cresce através do amor, transcende o ego, encontra a verdade, e chega à Perfeição. Então ele retorna de sua jornada espiritual como aquele que alcançou a maturidade e a completude, capaz de amar e servir a toda criação e a todas as criaturas, sem discriminações de crença, classe ou raça.
No simbolismo do ritual Sema, o chapéu de pelo de camelo (sikke) do semazen representa a tumba do ego; a sua grande saia branca representa a mortalha do ego. Ao remover a sua capa negra, ele é espiritualmente renascido para a verdade. No início do Sema, mantendo seus braços fechados em cruz, o semazen representa o número um, testemunhando a unidade divina. Enquanto gira, seus braços estão abertos: seu braço direito está direcionado ao céu, pronto para receber a beneficência de Deus; sua mão esquerda, sobre a qual os seus olhos estão fixados, está virada para a terra.
O semazen oferece o presente espiritual de Deus àqueles que testemunham o ritual Sema. Girando da direita para a esquerda ao redor do coração, o semazen abraça toda a humanidade com amor. O ser humano foi criado com amor, para que também ame. Mevlâna Jalâluddîn Rumi diz: “Todos os amores são uma ponte para o amor Divino. No entanto, aqueles que não o experimentaram não o sabem!”.

As histórias sufis não nos chegam somente pela razão, penetram também pela emoção (coração). Às vezes, precisamos de dias, semanas, meses e até anos para compreender profundamente uma narrativa sufi, outras, podemos compreendê-la antes mesmo de ouvi-las, como se ela já morasse dentro da gente, adormecida à espera de ser despertada. (http://www.saraiva.com.br/as-14-perolas-da-sabedoria-sufi-5…)


ATIVIDADES:









sábado, 11 de abril de 2015

COLEÇÃO - MITOS DO MUNDO

MITOS DO MUNDO

A premiada coleção reúne narrativas escolhidas e recontadas por especialistas que apresentam ao leitor a força e beleza originais, além de os ilustradores explorem os símbolos visuais de cada cultura. Cada volume traz o contexto histórico em que os mitos surgiram. Altamente adotada.

Cosac NaifySe os legendários guerreiros samurais eternizaram os mitos e as lendas japoneses, neste livro voltamos a um tempo muito anterior. As autoras nos conduzem pela saga dos deuses que, de acordo com a mitologia japonesa, participaram da criação do país. Em dado momento, mito e história se entrelaçam, revelando um mundo riquíssimo de tradições acumuladas durante séculos. O ilustrador Carlo Giovani trabalhou com diferentes processos de dobradura e modelagem de papel, criando esculturas tridimensionais posteriormente fotografadas com efeitos de luz e transparência.

Cosac NaifyPesquisadora da cultura indiana, Lúcia Fabrini de Almeida escolheu os textos mais saborosos dos antigos livros da cultura hindu, os Vedas, e as epopeias clássicas Ramayana e Mahabharata para compor as histórias deste livro. Deuses como cabeça de elefante, macaco voador que aumenta e diminui de tamanho são representações importantes para dizer o quão variado é o universo. As cores, formas e texturas de Zé Tatit somam beleza e singularidade aos mitos.

1ª reimpressão, 2003

Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) 2003

Cosac NaifyTodos conhecem as façanhas de Zeus, Ártemis, Atena, Hermes, Dioniso, Héracles, Teseu, Perseu, Odisseu, Aquiles e Páris. Mas o que pouca gente sabe é que eles tiveram pais, irmãos e uma infância prodigiosa. Neste livro, o leitor descobrirá episódios pouco conhecidos sobre a infância desses deuses e heróis gregos: pais com ciúmes dos filhos, um irmão passando a perna no outro, crianças abandonadas. Mas também havia a doçura da mãe, a homenagem carinhosa à amiga, o orgulho do avô coruja. As ilustrações de Felipe Cohen recuperam arquitetura, objetos, símbolos e adornos característicos da cultura grega. Há ainda a genealogia dos deuses e o parentesco dos heróis, texto sobre as tradições na Grécia, além de fontes de pesquisa e sugestões de leitura. Para ser lido por estudantes, professores, e por qualquer pessoa que aprecie uma boa história.

Cosac NaifyO mundo não seria o mesmo sem os ciganos. Presentes em quase todos os países, eles marcam as mais diversas culturas com sua dança, música, costumes e tradições, herdados de geração para geração. Neste livro, a antropóloga Florencia Ferrari apresenta seis contos recolhidos na tradição oral de comunidades ciganas de diferentes países. São histórias de enganação e sedução, esperteza e bom humor, prodígios e assombros, que apresentam os principais traços da vida cigana, numa costura literária que recusa os estereótipos e clichês. Stephan Doitschinoff utilizou recortes de tecidos, mapas, dinheiro, fotografias, para compor o cenário andante e aventureiro dos ciganos.

Cosac NaifyO autor retoma textos do Talmude, código da religião judaica criado no século V, para abordar algumas passagens da Torá, conjunto de escrituras sagradas que existiriam antes mesmo de o mundo ser criado. Sete rabinos se reúnem para repetir um ritual tão antigo quanto a própria Criação: contar histórias. Surgem, assim, as narrativas da Lua narcisista, que quer ser maior do que o Sol; da dúvida divina sobre onde em Adão sopraria a alma; do Senhor do Bom Nome, fundador do hassidismo, e outros mitos. Partindo de símbolos tradicionais, o artista plástico Sérgio Sister criou desenhos abstratos para as histórias dos rabinos, em tons de ouro, prata e azul.

1ª reimpressão, 2011

Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) 2006

Cosac NaifyFilha de mãe russa e pai brasileiro, Marina Tenório recupera um dos mitos que ouvia na sua infância, em Moscou. A história fantástica de três filhos, um de uma nobre, outro de uma cozinheira e, o mais forte, de uma vaca que pastava perto do palácio - trata-se de uma inusitada narrativa do rico repertório de canções russas. Segue, ainda, a tradicional estrutura das bylinas, épicos tão antigos quanto o povo. 
As xilogravuras de Fernando Vilela materializam a profundidade do "herói quase perfeito" e a veemência destas narrativas.

Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) 2005
Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) 2005

Cosac NaifyNeste livro, foram recuperados sete relatos do império Inca deixados por seus descendentes, na tradição oral. São histórias da fundação de Cuzco, da chegada dos espanhóis e da importância da escrita como sobrevivência cultural. Grande conhecedor da língua quíchua, o antropólogo peruano Rodrigo Montoya fez um livro de histórias e de informação, trazendo para o leitor brasileiro um pouco mais sobre uma cultura tão desconhecida. A parceria com Andrés Sandoval, que criou as ilustrações, dá ainda mais vida a esses mitos.

2ª reimpressão, 2010

Cosac NaifyA antropóloga Betty Mindlin recolheu nove mitos de seis povos indígenas, com línguas e crenças distintas, que nos mostram a riqueza das explicações dos índios sobre a criação do mundo e a relação do homem com a natureza. Luana Geiger pinta a simplicidade da iconografia corporal dos índios.

4ª reimpressão da 2º edição, 2011

Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) 2002
Programa Ler e Escrever 2007

Cosac NaifyNa cultura africana, cada ser humano está sob a proteção de um dos dezesseis príncipes, o seu padrinho do destino, cuja missão era colecionar histórias. No Brasil, os pais e mães-de-santo do candomblé são os sucessores dos príncipes africanos. É a partir desta premissa que o sociólogo Reginaldo Prandi reuniu os contos do livro, ilustrados por Paulo Monteiro.

5ª reimpressão, 2011

Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) 2005
Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) 2003

http://editora.cosacnaify.com.br/Default/1/Default.aspx



quarta-feira, 8 de abril de 2015

TRADIÇÕES RELIGIOSAS - PARTE I, CICLO I

1o. ANO

OBJETIVO: Reconhecer a diversidade religiosa presente na realidade próxima, construindo o seu referencial de entendimento das diferenças.

CONTEÚDO: A religião na vida das pessoas.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES:

- Caminhar, pelo espaço escolar, procurando elementos religiosos.
- Registrar, por meio de desenho, os elementos encontrados.
- Observar elementos religiosos que fazem parte de nosso vestuário e/ou objetos de uso diário.





2o. ANO

OBJETIVO: Reconhecer a diversidade religiosa presente na realidade próxima, construindo o seu referencial de entendimento das diferenças.

CONTEÚDO: A religião na vida das pessoas.

SUGESTÃO DE ATIVIDADES: - Roda de conversa: sua família possui hábitos religiosos? Quais?
- Fazer um cartaz coletivo com os principais hábitos apontados pelas crianças, este cartaz pode ser feito em forma de gráfico.



3o. ANO

OBJETIVO: Reconhecer a diversidade religiosa presente na realidade próxima, construindo o seu referencial de entendimento das diferenças.

CONTEÚDO: A religião na vida das pessoas.

SUGESTÕES DE ATIVIDADE:
- Qual a função da religião na vida das pessoas? Por que surgiram as religiões? – discutir isso em roda de conversa.

(Aqui o ideal é deixar que as crianças se expressem e falem o que pensam, após a fala de todas as crianças, o professor deverá falar sobre o ponto de vista científico. Esse ponto de vista também poderá ser discutido e questionado pela turma)

Texto de apoio para o professor:

Resultado de imagem para o que é religião
A importância da espiritualidade e da religiosidade na vida das pessoas 
É importante que todos tenham uma crença, uma fé. A iniciação deve começar desde cedo, pois permitirá um crescente desenvolvimento ao longo da vida do indivíduo.
O ser humano está em constante desenvolvimento, quer no aspecto biológico, como no psicológico e assim também deve ser no espiritual.Se é importante cuidar da saúde, da alimentação, para ter uma vida saudável, há que se desenvolver, no indivíduo aquilo que diz respeito à espiritualidade e também à religiosidade.
Proporcionar o desenvolvimento da religiosidade implica em promover a qualidade e a expectativa de vida, principalmente no que se refere aos idosos. Através da religião muitos aspectos podem se aprimorados, como tolerância, aceitação das várias etapas pelas quais o indivíduo passa, de modo a fazê-lo com mais serenidade.
A espiritualidade não está, necessariamente, ligada a uma religião específica, mas sim ao modo como o indivíduo procura viver, se relacionar, atuar na família ou na sociedade, buscando proporcionar a si e aos que o cercam ambientes agradáveis, equilibrados, serenos onde seja prazeroso permanecer, se relacionar, trocar experiências, com prevalência da amizade, do amor, do respeito, do carinho, do bom humor, da solidariedade o que facilitará a convivência harmoniosa entre pessoas de diferentes credos.
Como o ser humano é um ser social, vive em comunidade, essa vivência em grupo tende a se intensificar na terceira idade, pois nesta fase, estimula-se cada vez mais a inserção em grupos para superação de perdas advindas da fase em questão como perda do cônjuge, afastamento de filhos que formaram novos lares, aposentadoria, ausência de outros membros da família. A espiritualidade e a religiosidade vão fazer com que estes laços sejam mais fortalecidos.
A espiritualidade e a religiosidade auxiliam o indivíduo a se aprimorar através de atitudes solidárias, que promovam valores éticos e morais bem como melhoram as relações interpessoais.
A prática de ações que proporcionem bem estar ao indivíduo, tenderá a elevar sua autoestima, o que é fator de grande importância na obtenção e manutenção da qualidade de vida.Podemos dizer que através da religiosidade é possível ter motivação para viver e enfrentar dificuldades, superar com mais facilidade desafios e manter-se emocionalmente saudável. (Isabel Vargas em:http://www.gostodeler.com.br/materia/9042/A_import%C3%A2ncia_d.html)

DEUSES GREGOS

DEUSES PRIMORDIAIS

CAOS – Segundo Hesíodo em sua obra, Teogonia, Caos foi à primeira divindade a surgir. Os filhos destes nasceram de cisões: Nix e Érebo nasceram a partir de pedaços dele. Do Caos também surgiram Gaia, a terra, Tártaro, as trevas e Eros, o amor. Caos é uma força antiga e obscura que manifesta a vida por meio de cisão de elementos. Parece ser um deus andrógino, característica comum a todos os deuses primogênitos nas mitologias antigas.

GAIA - Deusa da terra primordial, geradora dos demais seres. Gera sozinha Urano, com quem vem a se unir posteriormente e da origem os 12 Titãs, aos Ciclopes e os Hecatônquiros, Óreas(montanhas) e Pontos, o mar primordial. Geia diferencia-se no culto grego de Deméter por ser um elemento primordial e deusa cósmica, enquanto Deméter representa a terra cultivada. É a Mãe-Terra ou Grande-Mãe, simbologia comum as demais deusas geradoras do mundo em diversas mitologia

TÁRTARO – É o mundo inferior, as trevas. Surgiu a partir do Caos, era o lugar onde Urano aprisionou os seus filhos gerados com Gaia. Segundo Hesíodo em sua Teogonia, o Tártaro localizava-se abaixo do reino de Hades, a mesma distância que o céu era da terra. Com a divisão geográfica do Hades, uma divisão pós-homérica, o Tártaro se tornou o local de suplícios permanente dos grandes criminosos, mortais e imortais. De sua união com Gaia gerou Êquidna e o gigante Tífon.

EROS – Deus do amor, gerado por Caos, atribui-lhe também um papel unificador e coordenador dos elementos, contribuindo para a passagem do caos ao cosmos. Com o passar do tempo, várias versões surgiram a respeito do nascimento de Eros, dentre elas a que o deus do amor seria filho da união entre Hermes e Afrodite ou de Ares com Afrodite. Era representado como uma criança alada, armada de aljava e flechas, que fazia apaixonar os corações de deuses e homens. Seu correspondente romano era Cupido.

NIX – Personificação da noite, Nix surgiu do Caos e uniu-se com Érebo, união que gerou Éter(luz celestial) e Hemera(o dia). Percorria o céu recoberta por um manto negro por um carro puxado por 4 cavalos negros e acompanhado das Queres, suas filhas. Gerou também sozinha outros seres como Moros(sorte), Kera(a que decide a morte dos homens), Tânatos(morte), Hypnos(sono), Oniro(sonhos), Momo(escárnio), Oizos(miséria), as Hespérdes(tarde), guardadoras dos pomos de ouro, as Moiras(destinos), Nêmesis(retribuição), Apate(fraude), Filotes(amizade), Geras(velhice), Éris(discórdia), Limos(fome), Ftono(inveja), Ênio(deusa da carnificina), Lissa(loucura) e Caronte(o barqueiro do reino de Hades). Com sua união com Érebo, Nix foi considerada a primeira rainha do mundo das trevas.

ÉREBO – Personificação da escuridão, das trevas infernais. Gerou com sua irmã Nix Éter e Hemera. Demarcava seus domínios com mantos escuros e sem vida. Conhecido por ser um dos maiores inimigos de Zeus, Érebo socorreu os Titãs quando estes pediram ajuda para se libertarem do Tártaro, descendo pessoalmente até esse reino para libertá-los, porém Zeus e Hades o surpreenderam e com a ajuda de Nix acabou o lançado nas profundezas do rio Aqueronte.

ÉTER – Personifica o Céu superior, o ar elevado, puro e brilhante, respirado pelos deuses. Filho de Nix com Érebo, irmã de Hemera(o dia). De sua união com Hemera gerou a Tristeza, a Cólera, a Mentira e Tálassa(deusa do mar primordial).

HEMERA – Personificação do dia, irmã de Éter. Personificação do dia como divindade feminina, guardiã das fronteiras entre o mundo aonde chegava à luz e o mundo das sombras.

ÓREAS – Deus que simboliza as montanhas, filho de Gaia. Nas antigas mitologias, as montanhas representavam o lugar que a humanidade prestava culto e segundo acreditava-se poder alcançar os deuses.

PONTOS – O mar primordial, surgiu de Gaia sem relação com outro deus. Com Gaia gerou Nereu, o velho do mar, e de Taumante dos aspectos perigosos do mar, Forcis e sua irmã e esposa Ceto, e de Euríbia. Com Tálassa gerou os Telquines.

URANO - Personificação do céu, foi gerado espontaneamentepor Gaia e com ela gerou os Titãs, os Ciclopes e os Hecatonquiros. Odiava os filhos e os faziam ficar preso no Tártaro até que ela revoltou-se com a atitude do deus e incitou uma revolta contra Urano. Com uma foice confeccionada pela própria Gaia, Cronos, o mais novo dos Titãs e o único a rebelar-se, ao momento que Urano iria unir-se a Gaia, castra-o e de seu sangue surgiram vários seres: os Gigantes, as Erínias e as Melíades. Do testículo, ao cair do mar, nasceu Afrodite, a deusa do amor. Urano simbolicamente traduz uma proliferação criadora desmedida e indeferenciada, destruindo o que gera.


PRIMEIRA GERAÇÃO DIVINA

TÍFON – Personificação da seca. Inimigo de Zeus foi incitado por Gaia a derrotar os olimpianos para vingar a derrota dos Gigantes. Era representando como maior que todas as montanhas e o corpo cercado de plumas e rodeado de serpentes. Era tão horrendo que até os Titãs, seus irmão, os rejeitaram. Enfrentou os deuses olimpianos e estes ao perceberem a aproximação do monstro, fugiram para o Egito e lá transformaram-se em vários animais, com exceção de Zeus e Atena que o enfrentaram. Após ser derrotado foi arremesado ao Tártaro. Gerou vários seres monstruosos em sua união com Equidna: Cérbero, o cão de 3 cabeças; Ortro, o cão de 2 cabeças que cuidava do rebanho do gigante Gerião; a Esfinge que assolava Teba;, o dragão da Cólquida Ládon; a Hidra de Lerna que aparece em um dos 12 trabalhos de Hércules;  Ethon, a águia que comia o fígado de Prometeu ; e a Quimera. 

NEREU – Conhecido como o “velho do mar”, filho de Pontos, está entre as forças elementares do mundo. Desposou Dóris, uma das Oceânidas e com ela teve 50 filhas conhecidas como as Neréiades. Como uma divindade marinha, tinha o poder da profecia e de se metamorfosear-se em vários seres. Era representando como uma longa barba branca e cavalgando um tritão e considerado uma divindade pacífica e benfazeja. 

TAUMAS – Divindade marinha, filho de Pontos e Gaia. De sua união com Electra, uma das oceanides, gerou as Harpias e Íris, a mensageira dos deuses. 

FÓRCIS – Divindade marinha, filho de Pontos e Gaia. Com sua irmã Ceto gerou filhos mostruosos: as Górgonas, Ládon, as Gréias e Equidna. 

CETO – Irmã de Fócis e uma divindade marinha. Personificava os horrores e formas estranhas e exuberantes que o mar pode revelar.

EURÍBIA – Filha de Pontos com Gaia. Uniu-se ao Titã Creo dando origem a Astreu(os ventos), Pallas(belicosidade) e Perses(destruição). Representa as forças incontida nos mares como maremotos e tsunamis.

MORO – Personificação da sorte e do destino, filho de Nix. Sem ver a quem reservava o futuro, tinha o caráter da inevitabilidade. Deuses e mortais a ele eram subordinados.

MOMO – Personificação do sarcasmo e das ironias. Foi Momo que aconselhou Zeus a entregar Tétis em casamento a um mortal e dessa união nasceria um filho e ele próprio engendraria uma filha que suscitaria uma guerra entre asiáticos e europeus, a Guerra de Tróia, que teria muitos mortos que daria equilíbrio demográfico necessário.

TÂNATOS – Personificação da morte, filho de Nix e Erebo. Irmão gêmeo de Hipnos, o Sono, era representado como um homem de cabelos e olhos prateados, conhecido por ter um coração de pedra e entranhas de bronze. Seu único mito de importância foi quando Zeus pediu para ele ir á procura de Sísifo, por esse ter delatado o deus na sua união com Egina, filha do rio Asopo. Sísifo o elogiou pela sua beleza e com isso acabou prendendo Tânatos, cessando assim a morte de qualquer ser vivo. Hades, assim que teve conhecimento do ocorrido, libertou a morte e o enviou para trazer Sísifo imediatamente ao mundo dos mortos. 

HIPNOS – Personificação do Sono, filho de Nix e Erebo e irmão gêmeo de Tãnatos. Era representado como um homem de cabelos e olhos dourados. Viveu na Ilha de Lemmos e percorria o mundo rapidamente e fazia adormecer todos os seres. Hipnos teve 5 filhos: Morfeu, personificação dos sonhos, Icelos, responsável pelos pesadelos e aparece nos sonhos nas formas de animais e monstros, Fantaso, que aparece nos sonhos nas formas de objetos inanimados, os mil Onírios e Fantasia, sua única filha, personificação do devaneio.

NÊMESIS – Personificação da justiça divina, deusa da Ética, castigava inexoravelmente a presunção humana em suas atitudes de demasia e arrogância. 

ÉRIS – Personificação da discórdia, filha de Nix. Aparece na mitologia como a provocadora da Guerra de Tróia ao gerar a disputa entre as deusas Hera, Afrodite e Atena, quando estas, participando da festa de casamento entre Peleu e Tétis, disputaram uma maçã dourada jogada pela deusa da discórdia. Acompanhava Ares em seu cortejo de guerra. Tinha vários filhos, sendo eles: Ponos(Fadiga), Lethe(Esquecimento), Limos(Fome), Algos(Dor), Horkos(Juramento), Hisminas(Disputas), Macas(Batalhas), Fonos(Matanças), Androctasias(Massacres), Neikeia(Ódio), Pseudologos(Mentiras), Anfilogias(Ambiguidade), Disnomia(Desordem) e Ate(Ruina, Insensatez).

GRÉIA – Personificação da velhice. Tinham apenas 1 olho e 1 dente e deles serviram-se. Aparecem na mitologia no mito de Perseu quando este estava a procura das Górgonas e ao capturar seu único olho as fizeram adormecer. Eram 3: Enio, Pefredo e Dino.

HESPÉRIDES – Personificação da tarde eram 3 deusas: Egle, “radiante”, deusa da luz avermelhada da tarde, Erítia, “esplendorosa”, deusa do esplendor da tarde e Hespéra, “crepuscular”, deusa do crepúsculo vespertino. Residiam nos Jardim das Hespérides e lá guardavam os Pomos de Ouro, um presente de Gaia a Hera na época do casamento com Zeus, capturados por Heracles em um de seus 12 trabalhos. São guardiãs das fronteiras entre os dias e as noites.

QUERES – Personificação do destino cruel, fatal e impossível de escapar, são deusas que trazem a morte violenta aos mortais, são filhas de Nix, geradas sem cópula. São representadas com gênios alados, vestidas de preto, com longas unhas que despedaçam cadáveres e bebem o sangue dos mortos e feridos. Aparecem em cenas de batalhas e de grande violência. Por serem deusas das mortes violentas, eram convocadas por Ares assim que ele partia para a guerra e após as batalhas devoravam os mortos e levavam as almas destes ao inferno. Eram 3: Hibride(desmedida), Limos(fome) e Poinê(a que castiga).

MOIRAS – Personificação dos destinos eram as deusas responsáveis pelo fio da vida dos mortais e dos deuses. Eram 3: Cloto, a que fia, segura o fuso e puxa o fio da vida, Láquesis, a sorteadora, enrola o fio da vida e sorteia o nome de quem deve morrer e Átropos, a que corta o fio da vida.


SEGUNDA GERAÇÃO DIVINA


OCEANO – É a personificação das águas que rodeiam o mundo, representado como um rio, o Rio-Oceano, pai de todos os rios. Da união com sua irmã Tétis originaram as ninfas dos mares, as Oceânidas, os rios e todos os seres marinhos. Na guerra entre os titãs e os deuses olímpicos se mantém afastado dos conflitos. Devido a sua vastidão é considerado a imagem da indeterminação primordial. 

CÉOS – Personificação da inteligência casou-se com Febe, sua irmã e com ela teve Astéria, deusa estelar e Leto, deusa do anoitecer, mãe de Ártemis e Apolo.

CRÉOS - Personificação dos seres marítimos e seu poder destrutivo envolvia as criaturas desconhecidas do mar abissal. Casou-se com Euríbia e gerou Pallas, Astreu e Perses. 

HIPÉRION – Personificação solar casou-se com Téia, sua irmã, e gerou Selene, a deusa lua, Hélios, o deus sol e Eos, a deusa da aurora. 

JÁPETO – Casou-se com Climene e dessa união nasceram Prometeu, o criador dos homens, Epimeteu, Atlas, o gigante que sustenta a abóbada celeste e Menecéio.

CRONOS – Personificação do tempo é o mais novo dentre os Titãs. Único a revoltar-se contra Urano, a pedido de Gaia Cronos castrou o mesmo quando Urano foi unir-se a ela. Com a derrota do deus celeste, Cronos assumiu a soberania do universo e governou de forma bem pior que seu pai. Casou-se com Réia, sua irmã, da qual teve 6 filhos: Héstia, Démeter, Hera, Poseidon, Hades e Zeus. Derrotado pelos seus filhos, comandado por Zeus, foi atirado ao Tártaro com os demais Titãs. Na tradição órfica Cronos reconcilia-se com Zeus e acaba vivendo na Ilha dos Bem-aventurados.

TÉIA – Primeira das Titânidas, sua única aparição no mito se deve a união com seu irmão Hipérion na qual geraram Hélio, o sol, Selene, a lua e Eos, a aurora.

RÉIA – Esposa de Cronos, Réia tem papel importante no mito do esposo. Indignada pela atitude do esposo de devorar os filhos após nascerem, já que segundo um oráculo profetizado por Urano de que Cronos seria destronado por um dos filhos, quando estava grávida de Zeus Réia refugiou-se em uma gruta em Creta e lá deu a luz Zeus, Este, quando adulto, foi instigado pela mãe para destronar Cronos e vingar seus irmãos. Fazendo Cronos beber uma poção mágica e vomitou os filhos, Zeus e seus irmão aliaram-se e destronaram o titã, jogando-o junto com os demais no Tártaro.

TÊMIS – Personificação da justiça foi a segunda esposa de Zeus. Foi criada juntamente com Nêmesis pelas Moiras, já que Gaia havia entregue a Nix a filha para criá-la para livrá-la das loucuras de Urano, mas Nix estava cansada devido a várias gerações de seres e a entregou as Moiras. Têmis empunha a balança, com que equilibra a razão com o julgamento, é tida como a conselheira de Zeus, e apesar de ser uma Titânida, foi admitida pelos olímpicos e prestava vários serviços aos deuses. 

MNEMOSINE – Personificação da memória, foi amada por Zeus e com ele gerou as noves musas: Calíope, preside a poesia épica, Clio, à história, Polímia, à retórica, Euterpe, à música, Terpsícore, à dança, Érato, à lírica coral, Melpômene, à tragédia, Tália, à comédia e Urânia, à astronomia. 

FEBE – A mais belas das Titânidas, simbolizava a deusa lua primordial, representada como a lua cheia. Casou-se com Céos e gerou Leto e Astéria. Antiga deusa da profecia, Febe dividia o Oráculo de Delfos com Gaia e Têmis, mais tarde as deusas passaram essa função a Apolo. 

TÉTIS – Personifica a fecundidade aquática, casou-se com Oceano e gerou as Oceânidas e os rios. Criou a deusa Hera por Réia á época da guerra entre os olímpicos e os Titãs. Em agradecimento, Hera reconciliou Oceano e Tétis que haviam se desentendido.


TERCEIRA GERAÇÃO DIVINA

ZEUS – Rei dos deuses, senhor do Olimpo e chefe dos deuses da 3ª geração divina, assumiu o comando do universo após destronar seu pai, Cronos. Zeus foi o único salvo por sua mãe, Réia, que impediu que o pai o devora-se. Zeus nasceu em uma gruta na Ilha de Creta e lá foi amamentado pela cabra Almatéia e criado pelos Curetes. Após saber que seus irmãos haviam sido devorados pelo pai, Zeus preparou uma cilada: entregou a Cronos uma porção mágica que o fez vomitar os irmão. Após 10 anos de luta, Zeus e o irmão venceram os Titãs e dominaram o Universo. Na partilha do mundo, juntamente com seus irmãos Poseidon e Hades, ficou com os domínios do céu e da terra. Seu principal mitologema é acerca de suas relações e prole com deusas e humanas. Pai de vários deuses, como Atena, Apolo, Artemis, Ares, Hebe, Hefesto, Perséfone e Dionísio, e de vários heróis como Heracles (Hércules), Perseu e de outros personagens como Helena, a causadora da Guerra de Tróia, Minos, um dos 3 juízes do mundo dos mortos e das Musas. Apesar de sua infidelidade, era casado oficialmente com sua irmã Hera, que perseguiu todos os seus filhos fora do casamento. 

POSEIDON - Senhor dos mares, irmão mais velho de Zeus, assumiu o posto de deus marinho após a partilha do mundo. Seu principal mitologema gira em torno da disputa com Atena para saber qual dos dois seria o padroeiro da cidade de Atenas. Nessa disputa ele atirou uma lança ao chão que fez brotar uma fonte na Acrópole. Atena conseguiu vencê-lo criando uma oliveira. Na Ilíada já aparece como sendo deus supremo dos mares e durante a Guerra de Tróia esteve do lado dos gregos. Na Odisséia Poseidon aparece como um deus vingativo, impedindo Odisseu de retornar a ilha de Ítaca devido ao herói ter assassinado um dos filhos do deus, o ciclope Polifermo. Assim como Zeus, Poseidon teve vários filhos que eram de caracteres maléficos e violentos, dentre eles o ciclope Polifermo, o gigante Crisaor, Pégaso, Náuplio, os gigantes Aloídas, Oto e Efialtes e Tritão, com quem teve com sua esposa oficial, Anfitrite.

HADES – Senhor do mundo dos mortos, irmão de Zeus e de Poseidon, passou a governar o submundo após a partilha do mundo entre os 3 irmãos. Hades era descrito como um deus misterioso, impiedoso, insensível as preces e sacrifícios, intimidativo. Seu nome causava medo e era invocado através de eufemismos como Climeno (Ilustre) ou Eubeleu (o que dar bons conselhos) e raramente se envolvia nos assuntos humanos ou olimpianos, tendo saído apenas 2 vezes do seu reino: uma para o Olimpo para curar-se de uma ferida causada por Heracles e outra para raptar Perséfone. É nesse mito que melhor enfatiza Hades: vendo a garota brincando perto de uma fenda, Hades surge da terra e a rapta para o submundo. Angustiada com o desaparecimento da filha, Demeter, sua irmã, faz com que toda a plantação do mundo seque e a humanidade entra em um período de caos. Após intervenção de Zeus, Hades permite que Perséfone passe 6 meses do ano com sua mãe, período que corresponde a Primavera e Verão, e 6 meses no submundo como sua esposa, período do Outono e do Inverno. Teve poucos filhos, tais como Macária, única filha da relação com Perséfone, Oberon e Fégia.

HERA – Rainha do Olimpo, esposa oficial de Zeus e irmã dos demais deuses, Poseidon, Hades, Héstia, Demeter. Seu principal mitologema é a perseguição aos filhos de Zeus advindo das relações extraconjugais. Era representada de caráter severa e extremamente ciumenta e agressiva, Hera chegou a tentar matar o próprio Heracles quando este apenas era um bebê. Após a ascensão do mesmo ao Olimpo, refizeram as passes e entregou Hebe para ser esposa dele. 

HÉSTIA – Deusa dos laços familiares simboliza o fogo doméstico. Foi cortejada por Zeus e Apolo, mas jurou virgindade. Suas sarcedotisas, as Vestais, em Roma, serviam a deusa durante 30 anos e só depois é que podiam casar-se e levarem uma vida normal. Não tendo um mito principal, Héstia era adorada como protetora das cidades e das famílias.

DEMETER – Deusa da agricultura, Demeter tem em seu principal mito o rapto de sua filha Perséfone pelo seu irmão, Hades. Após o rapto, Demeter pôs a vagar pelo mundo e uma catástrofe aconteceu: as plantas pararam de nascer, a terra tornou-se infértil. Com a intervenção de Zeus, Hades devolveu Perséfone à mãe, fazendo com o que ela passa-se 6 meses com a mãe e 6 meses no mundo dos mortos. Os Mistérios de Elêusis celebravam esse mito como símbolo de morte e ressurreição.

ARES – Deus da Guerra, filho de Zeus e Hera, descrito como o mais odiado dos deuses por ser sanguinário e violento. Vivia sempre em disputa com Atena, também deusa da guerra, mas não sanguinária como o irmão. Na Guerra de Tróia apoiou os troianos e no campo de batalha acabou sendo ferido por Diomedes quando este arremessou uma lança, que guiada por Atena atingiu o deus. Um dos seus principais mitos está ligado ao seu romance com Afrodite: a deusa era casada com Hefesto e certa vez o deus sol Hélio viu o casal unido e assim relatou a Hefesto. O deus das forjas então preparou uma cilada: colocou em volta da cama uma rede invisível e assim que Ares e Afrodite deitaram foram presos pela rede. Hefesto chamou todos os deuses que zombaram o casal. Em seu cortejo de guerra era acompanhado pelos seus filhos, Phobos (medo), Deimos (terror), pela irmã Éris (discórdia), Ênio (grito de guerra), Queres (devastação), Enyalio, filho de Ênio com Ares, Makhai (batalha), Hysminai (carnificinas), Polemos (espírito de guerra) e Alala, filha de Polemos. Ares também está ligado ao mito da fundação de Tebas, tendo Cadmo, rei da cidade, casado com Harmonia, filha do deus com Afrodite. 

ATENA – Deusa da justiça e da sabedoria, filha de Zeus com Métis. Atena nasceu da cabeça de Zeus quando este, ao saber da gravidez de Métis e prevendo ser destronado por esse filho, segundo uma antiga profecia, engoliu a deusa e depois de alguns meses sentiu uma forte dor de cabeça. Pediu a Hefesto para dar-lhe uma machadada na cabeça e após esse golpe Atena saltou da cabeça do pai já adulta e armada. Em sua disputa pela cidade de Atenas com Poseidon, Atena ofereceu aos atenienses uma oliveira que produzia azeite e alimentos para a cidade. Atena era considerada uma deusa virgem e segundo versões tradicionais de seu mitologema não teve filhos, pois caso tivesse algum teria que abandonar as guerras. 

APOLO – Deus da música, da arte, das profecias, era filho de Zeus com Leto, irmão gêmeo de Artemis. Patrono do Oráculo de Delfos, segundo o mito o local aonde o deus matou a serpente Píton. Em seu mito há vários casos de amores, tanto com homens quanto mulheres, como a ninfa Dafne e o jovem Jacinto e entre seus descendentes está Asclépio, deus da medicina. Durante a Guerra de Tróia esteve do lado dos troianos e era protetor de Heitor.

ARTEMIS – Deusa da caça, irmã de Apolo e filha de Zeus e Leto. Após o seu nascimento ajudou sua mãe no parto do irmão. Deusa virgem vivia vagando nas florestas e não deixava nenhum homem vê-la. Apesar de seu voto de castidade, Artemis chegou a apaixonar-se pelo jovem Órion, mas o ciúme de seu irmão fez com que ela o mata-se por engano, pois Apolo desafiou a deusa a atingir um ponto negro que indicava a tona da água. Artemis então atirou a flecha que atingiu o alvo que logo desapareceu no abismo do mar, onde logo viu espumas ensangüentadas. A flecha havia atingido Órion que ali nadava, pois estava fugindo de um escorpião enviado por Apolo para matá-lo. Ao saber do ocorrido e em desespero, Artemis pediu ao pai que transformasse Órion e o escorpião em constelação.

AFRODITE – Deusa do amor e da beleza, inspiradora de paixões entre os mortais e imortais, a deusa nasceu da espuma do mar quando Urano foi castrado por Cronos. Seu mito gira em torno de casos amorosos. Seu esposo oficial era Hefesto, o deus das forjas mas que confeccionou para a deusa as melhores jóias do mundo. Teve diversos casos com outros deuses e o mais conhecido deles é o caso da deusa com Ares, o deus da guerra. Alguns de seus filhos são Hermafrodito, filho que teve com Hermes, com Ares teve Eros, Phobos, Deimos, Anteros e Harmonia, com Apolo teve Himeneu, com Dionísio teve Príapo e o herói troiano Enéias com Anquises

HEFESTO – Deus do fogo, da metalurgia e das forjas, filho de Zeus com Hera. Segundo uma versão do mito, o deus era coxo por ter sido arremessado por Hera do Olimpo quando esta discutia com Zeus. Foi-lhe entregue Afrodite como esposa, mas ela o traia com deuses e mortais. Era o deus que confeccionava as armas dos deuses, tendo feito para Zeus uma égide e um escudo para enfrentar os Titãs. Também foi responsável pela criação de Pandora, a primeira mulher, e responsável de forma indireta pelo nascimento de Atena, pois está saiu da cabeça de Zeus após Hefesto desferir no deus uma machadada.

HERMES – Mensageiro dos deuses, deus do comercio e protetor dos ladrões, Hermes também era o deus que conduzia a alma dos mortos até a entrada do Hades. Filho de Zeus e Maia era o mais inteligente e astuto dos deuses, sendo o único filho de Zeus com outra deusa que Hera agradou-se. Hermes foi o inventor da Lira, com o qual trocou o instrumento com Apolo, recebendo em troca o Caduceu, e da flauta Siringe em troca de Apolo dar-lhe o dom da adivinhação. Entre seus filhos estão Hermafrodito, filho que teve com Afrodite e Pã, filho do deus com a ninfa Dríope. 

DIONISIO – Deus da bebida, das festas, do lazer e do prazer, filho de Zeus e Sêmele. Hera com ciúmes instigou Sêmele a pedir ao seu amante, que caso ele fosse realmente Zeus que mostra-se toda a sua onipotência. Zeus avisou a Sêmele do que poderia acontecer, mas a mesma insistiu e assim que o deus mostrou todo o seu poder Semele acabou fulminada pelos raios. Zeus então retirou o filho que ainda estava em gestação e o colocou na coxa. Após o período de gestação, Dionísio foi criado pelas Horas e as Ninfas. Dionísio era caracterizado como um jovem risonho e festivo. Em suas festas as pessoas entravam em transe e as mulheres que o seguia eram chamadas de bacantes. Também considerado o protetor do Teatro. 

ÉOLO – Deus dos ventos, filho de Poseidon. Seu principal mito resume-se a passagem de Odisseu em sua ilha. Ao chegar ao local Odisseu pediu ajuda ao deus. Este, compadecido pelo problema do herói colocou em um grande saco os ventos, mas pediu para não abrir o saco até chegar a Ítaca. Após embarcarem um dos tripulantes, pensando no saco ser ouro, decidiu abrir. Todos os ventos saíram do saco e os reconduziu novamente a ilha de Éolo. Odisseu pediu nova ajuda, mas o deus irritado o expulsou.so


OUTRAS DIVINDADES

PERSÉFONE – Filha de Zeus e Démeter, esposa de Hades. Seu principal mito é justamente a união com o deus do mundo dos mortos. Foi raptada por ele quando colhia flores com ninfas na planície de Ena. Apaixonado por ela, Hades surgiu de uma fenda na terra e a raptou para o submundo. Démeter, ao saber do rapto pôs a vagar pelo mundo e durante esse tempo a vegetação não nascia. Zeus, preocupado com o problema que se alastrava, já que as terras estavam estéreis e houve escassez de alimentos, solicitou que Hades devolvesse Perséfone a mãe, mas a mesma já havia comido uma semente de romã e por isso estaria ligada ao reino dos mortos para sempre. Dessa maneira estabeleceu-se um acordo: Perséfone passaria seis meses com sua mãe, época que correspondia à primavera e verão, e seis meses com o esposo, no período de outono e inverno.

EOS – A Autora, personificava o amanhecer, era filha de Hipérion e Teia, irmã de Selene e Hélio, era encarregada de abrir as portas do céu para a passagem dos carros de Hélio. Seu principal mito é em torno de sua relação com Titono, irmão mais velho de Príamo, rei de Tróia. Era tão apaixonada por Titono que o raptou e pediu para que os deuses concedessem a imortalidade mas esqueceu e pedir a juventude eterna, fato que o fez transforma-se num velho descrépito. Eos então pediu a Zeus que o transformasse numa cigarra. Também foi amante de Ares, deus da guerra, fato que deixou Afrodite enciumada e a fez jogar uma maldição em Eos para que ela apenas se apaixonasse por mortais.

ASCLÉPIO – Deus da medicina, filho de Apolo e de Corônis. Foi entregue ao centauro Quiron e aprendeu o poder curativo de ervas e a cirurgia, e adquiriu tanta habilidade que chegou a ressuscitar muitos mortos. Zeus o puniu e o fulminou com um raio. Após a sua morte Asclépio foi transformado na constelação de Serpentário.

ADÔNIS – Jovem de grande beleza que nasceu da relação incestuosa do rei Cíniras de Chipre com sua filha Mirra. Adônis despertou o amor em Perséfone e Afrodite e devido a essa disputa Zeus sentenciou que ele passaria um terço do ano com cada uma delas, mas Adônis não cumpria o combinado, passando mais tempo com Afrodite. Ares, sabendo da traição de Afrodite enviou um javali que matou Adônis. Adônis então desceu ao submundo e lá ao vê-lo Perséfone apaixonou-se por ele e compadecida com o sofrimento de Afrodite fez um acordo no qual ele passaria seis meses com ela e seis meses com Afrodite, mas o acordo foi quebrado e Zeus teve que intervir no problema, decidindo que durante 4 meses Adônis seria livre, 4 meses passaria com Afrodite e os outros 4 com Perséfone. Seu mito mostra que Adônis cumpre um rito da vegetação que durante o inverno morre, descendo ao mundo dos mortos e na primavera ressurge. 

HEBE – Deusa da juventude, filha de Zeus e Hera, casou-se com Heracles assim que o mesmo ascendeu ao Olimpo após a sua morte. Representava a donzela que fazia trabalhos domésticos e no Olimpo tinha diversas obrigações: servia o néctar ao deuses, atrelava os carros de Hera e preparava o banho de Ares. Um dia foi zombada pelos deuses após cair numa posição inconveniente e após esse incidente negou-se a continuar os servindo. 

HIMENEU – Deus do casamento, filho de Apolo e Afrodite. Era tão belo que os atenienses o confundiam com uma moça. Certa vez quando um grupo de moças nobres foram a Elêusis oferecer um sacrifício a Demeter um grupo de piratas atacou-as levando todas, inclusive Himeneu que foi confundindo com uma mulher. Himeneu os matos quando eles dormiam e retornando a Atenas prometeu trazer as moças de volta com a condição de que fosse lhe dado em casamento sua amada. Concordaram com o acordo e desde então Himeneu era invocado nos casamentos. 

GRAÇAS – Deusas das danças, dos modos e da graça do amor, filhas de Zeus e Hera, eram 3: Aglaia, a claridade, Tália, a que faz brotar as flores e Eufrosina, o sentido da alegria. Eram seguidoras de Afrodite e dançarinas do Olimpo.

HORAS – Deusas que presidiam as estações do ano, filhas de Zeus e Têmis, eram 3: Irene(paz), Dice(justiça) e Eunômia(disciplina). Estão ligadas à legislação e ordem natural, sendo uma extensão dos atributos de sua mãe Têmis. Eram também as porteiras do Olimpo.

ÍRIS – Mensageira dos deuses, filha de Taumante e Electra, e também personificação do arco-íris. Íris é a mensageira dos deuses para os homens e é representada como uma virgem com asas de ouro. 

HARMONIA – Deusa da harmonia e da concórdia, filha de Ares e Afrodite. Foi esposa de Cadmo, rei de Tebas. 

PROTEU – Um dos deuses marinhos, filho de Oceano e Tétis. Tinha o dom da premonição e por isso atraia o interesse de muitos que queriam saber o futuro. Por não gostar de falar os acontecimentos que possam vim a acontecer, quando alguém se aproximava dele fugia ou assumia aspecto e um monstro marinho mas se o homem fosse corajoso revelava a verdade. Menelau foi um dos que conseguiram já que procurava saber se retornaria após a Guerra de Tróia.

GLAUCO – Divindade marinha, Glauco nasceu mortal, mas ao descobrir uma erva mágica que fazia voltar à vida os peixes que pegava decidiu experimentar. Após comer a erva tornou-se imortal. Apaixonado pela ninfa Cila, que sempre o rejeitava, pediu ajuda a Circe para criar uma poção mágica que fizesse Cila apaixonar-se por ele. Circe, rejeitada por Glauco, fez uma poção mágica e a jogou em uma fonte aonde Cila banhava-se. Cila então se transforma em um monstro de doze pés e seis cabeças. Foi à procura de Glauco, mas esse, ao ver o aspecto horrendo de Cila, fugiu dela. Circe aguardou Glauco ir procurá-la, mas esse, sabendo que tal fato aconteceu devido a Circe, não a perdoou pela crueldade. 

ANFITRIRE – Deusa do mar, esposa de Poseidon, filha de Dóris e Nereu. A princípio, se recusou a unir-se ao deus, se escondendo nas profundezas dos oceanos, em um lugar conhecido apenas por sua mãe. Acabou cedendo, se tornando rainha dos oceanos. É representada portando um tridente, símbolo de sua soberania sobre os mares.

HÉCATE – Deusa da magia e da noite, filha de Perses e Astéria. Era conhecida como a mais próxima de nós, pois se acreditava que, nas noites de lua nova, ela aparecia com sua horrível matilha de cachorros fantasmas diante dos viajantes que por ali cruzavam. Ela enviava aos humanos os terrores noturnos e aparições de fantasmas e espectros. Era representada com 3 corpos e 3 cabeças ou apenas 1 corpo com 3 cabeças. Participou da Titanomaquia ao lado de Zeus, ajudou Demeter a procurar Perséfone e combateu Heracles quando ele tentou enfrentar Cérbero, seu cão de companhia no mundo subterrâneo. 

PÃ – Deus dos boques, dos pastores, dos campos, filho de Zeus com a cabra Almatéia. Era representado com orelhas, chifres e pernas de bode. Amante da música, trazia sempre consigo uma flauta. Era temido por todos aqueles que necessitavam atravessar as florestas à noite, pois as trevas e a solidão da travessia os predispunham a pavores súbitos, desprovidos de qualquer causa aparente e que eram atribuídos a Pã; daí o nome pânico.

Fonte: http://deusesdasmitologias.blogspot.com.br/p/gregos.html