quinta-feira, 20 de julho de 2017

ALIMENTOS SAGRADOS - PART.2

Chico Buarque e Milton Nascimento escreveram a música "Cio da Terra", no vídeo abaixo interpretada por "Pena Branca e Xavantinho". Essa música pode ser usada como disparador para o conteúdo "Alimentos Sagrados".



CIO DA TERRA


(Milton Nascimento / Chico Buarque)





Debulhar o trigo


Recolher cada bago do trigo


Forjar no trigo o milagre do pão


E se fartar do pão


 


Decepar a cana


Recolher a garapa da cana


roubar da cana a doçura do mel


Se lambuzar de mel


 


Afagar a terra


Conhecer os desejos da terra


Cio da terra propícia estação


E fecundar o chão


SUGESTÕES DE ATIVIDADE:

1. Enviar um bilhete (via agenda ou caderno) solicitando que a família escreva a receita de um alimento muito especial, aquele que é servido em dias de festas e/ou comemorações. Quando as crianças trouxerem as receitas fazer uma roda de conversa, permitindo que cada criança fale sobre o alimento ali descrito. Ao final a professora/professor poderá montar um "Livro de Receitas da Turma" (se possível fazer uma cópia para cada criança).

2. Mostrar que assim como as famílias possuem "alimentos especiais" para algumas religiões os alimentos também tem essa característica, nesse caso eles são considerados sagrados. Mostrar alimentos sagrados de diferentes organizações religiosas explicando o motivo de serem considerados sagrados.

ALIMENTOS SAGRADOS

Celebrar e agradecer a abundância é um dos rituais mais antigos da humanidade. Primeiro os grãos e as sementes, frutos da generosidade da terra, e depois outros alimentos foram eleitos pelos povos para expressar a fé em tempos fartos e o agradecimento pela comida no prato, pela continuidade da vida e pela boa colheita. A pureza do arroz é reverenciada pelos japoneses e chineses. Os grãos do milho representam a fortuna para os americanos. A substância do pão é o sustento dos italianos. As cores e os aromas das especiarias estão nos rituais indianos de fertilidade. E nós, brasileiros, nos inspiramos em todas essas culturas. Conheça alguns alimentos e seu simbolismo:











alimentos-sagrados-azeite-nosso-blog





Espanha, Grécia e parte da Itália elegeram o azeite puro de oliva para simbolizar a fartura. Muito usado na culinária mediterrânea, ele faz bem à circulação do sangue e à digestão e garante o mais desejado tipo de abundância: a ter vida longa e saudável. Antigamente, era hábito nesses países começar o dia tomando um cálice de azeite extravirgem, o mais puro, para garantir saúde perfeita.

Dezessete séculos antes de Cristo, a costa da Espanha já era repleta de oliveiras. Até hoje esse país é um dos maiores produtores mundiais da azeitona, fruto que dá origem ao azeite. Substância completa, foi reverenciado na antiguidade como um líquido múltiplo e milagroso. Suas propriedades medicinais o destacavam como remédio para feridas dos guerreiros e doentes (muitos mais tarde descobriu-se que a azeitona tem o mesmo elemento básico da aspirina – daí seu efeito analgésico). Combustível, alimentava as lamparinas e fazia parte de rituais religiosos, simbolizando a preservação dos dons divinos.











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Desde sempre e para todos os povos, o pão é reverenciado como alimento essencial, que sustenta e nutre, afastando a escassez e a fome. Os que mais o exaltam são os italianos, que têm 250 variações catalogadas da mistura básica de farinha de trigo, água e sal. Na Itália, o ato de repartir o pão atrai prosperidade e multiplica a abundância, por isso ele não falta à mesa em todas as refeições.

A origem do pão é controversa. Sabe-se que ele foi o primeiro alimento elaborado – talvez pelos chineses. Porém restos arqueológicos atestam que o pão era consumido pelos egípcios e que se tornou comum na dieta dos gregos, sendo depois incorporado aos costumes romanos. Nessa tradição, molha-se um pedaço de pão, partido com a mão, no vinho antes de começar a refeição. O mesmo gesto é eternizado na cerimônia cristã da comunhão, em que ele tem sentido sagrado, nos tornando seres unos e abençoados. O pão simboliza o corpo de Cristo, a vida ativa, a pureza, o sacrifício e os pequenos mistérios, enquanto o vinho simboliza a contemplação e os grandes mistérios.











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Sem dúvida, o milho é um dos mais tradicionais símbolos da fartura nos Estados Unidos, justamente com a torta de maçã. O significado de ambos está ligado à abundância de alimentos que os imigrantes ingleses encontraram na nova terra, do outro lado do oceano. Quando Colombo chegou à América, em 1492, o milho já era encontrado da Argentina ao Canadá e os índios conheciam quase todas as espécies do cereal.

A abundância não admite desperdício, e o milho reforça esse lema, pois é totalmente aproveitável: a palha, quando verde, é boa forragem para bovinos. O cabelo do milho serve para fazer chá para os rins. O amido é usado na indústria de alimentação – na fabricação de glicose, maisena, margarina e fermento. É também ingrediente de medicamentos como penicilina, vitaminas B12, riboflavina e xaropes. Apreciado na culinária rústica e sofisticada, o milho tem preço baixo, sabor agradável e sustenta. Os grãos dourados remetem ao ouro da fortuna e agradam aos olhos e ao paladar até mesmo quando as espigas são preparadas da forma mais simples: cozidas em água e sal.











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Os condimentos, capazes de enriquecer e dar cor, sabor e perfume a alimentos básicos, como arroz, feijão, lentilha e grão-de-bico, são considerados verdadeiras preciosidades pelos indianos. E, nessa cultura tão espiritualizada, o ato de comer não sacia apenas o paladar. Por meio da comida, consegue-se estabelecer a harmonia entre corpo, mente e espírito. Essa integração constitui a verdadeira prosperidade. Segundo os hindus, o alimento é o presente sagrado de Brahma, o Deus Criador, e por isso, é a melhor oferenda nas festas religiosas. Tudo é preparado com muito esmero e dedicação.

A chamada garam masala, uma perfumaria mistura de especiarias e ervas – feito de cravo, canela, anis, cardamomo, coentro, cominho, gengibre, cúrcuma e usada no preparo de cereais e carnes –, é a alma da culinária indiana. Graças aos navegadores europeus do século XV, que trouxeram para o Ocidente as especiarias, podemos provar desses aromas e sabores exóticos e ainda dar a eles um significado especial, relacionado à fartura e à abundância.











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Esse cereal é abundante no Japão, na China, na Coréia e na Indonésia, e vem de 5 mil anos atrás a tradição de considerá-lo um símbolo de fartura. O hábito de atirar arroz sobre os noivos após a cerimônia de casamento é chinês: um poderoso imperador quis dar prova de vida farta e fez com que o casamento da filha se realizasse sob uma chuva desse cereal. O arroz faz parte dos altares budistas em toda a Ásia, simbolizando boa sorte, felicidade e prosperidade. E, na rotina, ele está à mesa e no cumprimento mais trivial. Os chineses costumam perguntar: “Você comeu seu arroz hoje?” – que equivale ao nosso “como vai você? Tudo em ordem na sua vida?”.

Na Coréia, os recém-nascidos são alimentados com arroz cozidos nas primeiras três semanas de vida, para atrair boa sorte e abundância. É costume entre os adultos, antes de começar a comer, jogar fora uma colherada do cereal, convidando os deuses a compartilhar o alimento e renovar o pedido de abundância. Outra curiosidade: na Coréia do Sul, como no Japão e na China, a comida vem servida em muitos potes. Para esses povos, quanto mais tigelas à mesa, mais fartura se atrai.





 


Fonte: Bons Fluidos, Ed. 41, Editora Abril

Matéria completa, disponível em: https://www.comprazen.com.br/blog/1/249/alimentos-sagrados-espiritualidade-cultura-tradicao-simbolismo-nosso-blog






terça-feira, 18 de julho de 2017

SÍMBOLOS RELIGIOSOS - HAMSÁ

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Hamsa ou hamsá é uma palavra de origem árabe e significa “cinco” na tradução literal para a língua portuguesa, em referência aos cinco dedos da mão humana.
Também conhecido como “mão de Deus”, “chamsá”, “mão de Fátima” ou “mão de Hameshh”, o Hamsá é considerado um amuleto contra o mau-olhado para os adeptos do judaísmo e do islamismo.
A “mão de Hamsá” é caracterizada por representar o desenho de uma mão direita simétrica (dedos com as mesmas proporções), e com um olho ou outros símbolos no meio da palma da mão, como estrelas de Davi, peixes ou pombos.
Estes símbolos ajudam a fortalecer a ideia de proteção da mão de Hamsá, que pode ter inúmeras representações.
Por exemplo, quando representado com os dedos juntos, o amuleto serve para trazer boa sorte; caso esteja com os dedos separados, significa que deve ser usado para afastar as energias negativas, de acordo com a tradição popular.
O hamsá está presente em várias doutrinas orientais, como o judaísmo, no islã e no budismo, possuindo as suas especificações próprias de acordo com cada religião. 
No budismo, por exemplo, o hamsá é conhecido por Abhaya Mundra e é utilizado para afastar a sensação de medo. (https://www.significados.com.br/hamsa/)


Um jeito de fazer um belo hamsá coletivo (também dá pra fazer outros símbolos) é utilizando a técnica "quiling".

Hamsa 💛
#hamsa #decor #decoração #quilling #paper #papel #quadro #artesanato #encomenda


PASSO A PASSO

Levante uma das "perninhas" do Clip, posicione a tira de papel e comece a enrolar.

enrole pressionando com os dedos para que a tira de papel não se solte.

Enrole a tira de papel até o fim.

Ao retirar do clip deixe abrir levemente e ai aperte de um lado para formar a GOTA


ESTA FORMA,GOTA, É UMA PÉTALA.

Passe o palito de madeira na COLA BRANCA e passe na ponta da pétala para fecha-la
 (http://quillingartempapel.blogspot.com.br/2011/05/passo-passo-flor-de-quilling-enrolando_3659.html)


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segunda-feira, 17 de julho de 2017

CANAL NO YOUTUBE

Quer utilizar vídeos nas suas aulas de Ensino Religioso? Aqui você encontra vídeos e recortes de filmes que podem servir de ilustração para os conteúdos de Ensino Religioso.

OFICINA DE MÚSICA POPULAR BRASILEIRA NO ENSINO RELIGIOSO


No primeiro semestre de 2017 a equipe de Ensino Religioso da Prefeitura Municipal de Curitiba promoveu uma oficina de MÚSICA POPULAR BRASILEIRA NO ENSINO RELIGIOSO. Para isso contou com o apoio das professoras da Rede Municipal de Ensino de Curitiba que desenvolvem suas atividades na ASSINTEC (por meio de cooperação técnica) auxiliando na formação continuada e produção de materiais para o componente curricular Ensino Religioso. Cada planejamento foi pensado de acordo com o currículo proposto pela Secretaria Municipal de Educação.


 

OFICINA: CINEMA NO ENSINO RELIGIOSO – SUBSÍDIOS PRÁTICOS

No primeiro semestre de 2017 a equipe de Ensino Religioso da Prefeitura Municipal de Curitiba promoveu uma oficina de CINEMA NO ENSINO RELIGIOSO. Para isso contou com o apoio das professoras da Rede Municipal de Ensino de Curitiba que desenvolvem suas atividades na ASSINTEC (por meio de cooperação técnica) auxiliando na formação continuada e produção de materiais para o componente curricular Ensino Religioso. Cada planejamento foi pensado de acordo com o currículo proposto pela Secretaria Municipal de Educação.




Como usar filmes na sala de aula

Juliana Carvalho
Nós, professores, sabemos o quanto é prazeroso trabalhar com cinema na sala de aula. Um filme bem escolhido e uma explicação prévia podem resultar em alunos atentos, concentrados e prontos para debater o que acabaram de assistir. Mas também sabemos o quanto é trabalhoso organizar essa atividade e encaixá-la em um ou dois dos nossos parcos 40 ou 50 minutos de aula. Para extrair o máximo possível desse momento de aprendizado e descontração, tente seguir as dicas abaixo, antes, durante e depois da atividade.
O primeiro passo é a escolha do filme. Devemos selecionar obras que estejam associadas aos conteúdos escolares previstos no planejamento. Aliás, essa escolha deve acontecer no início do ano e ser incluída como parte dos recursos previstos na programação. É importante destacar para os alunos o que se pretende com aquela atividade, e o que será exigido deles, pois precisam ter noção do todo para realizar as associações entre conteúdo, filme e demais materiais utilizados na aula. Um bom recurso é oferecer-lhes a sinopse do filme, esclarecendo do que trata a história, qual é o contexto, quando foi produzido e em que condições, e todas as informações pertinentes e necessárias para o entendimento da obra.
É interessante associar os filmes a recursos adicionais como artigos de jornais, revistas, textos da internet, livros paradidáticos, música ou literatura, pois isso amplia ainda mais o trabalho de conteúdos na escola. Também é possível unir materiais de diferentes épocas para estabelecer parâmetros e comparações entre o contexto antigo e o contexto atual. Os filmes podem ser utilizados para apresentar o conteúdo, ou após a aula teórica, para ajudar a esclarecê-lo. O que vai determinar essa escolha é o nível de complexidade com que o assunto é tratado na obra.
Se considerarmos que a abordagem é simples, superficial, podemos utilizar o filme para introduzir o assunto e despertar interesse nos alunos. Se a abordagem for profunda, ele pode ser utilizado como complemento da aula teórica. Nesse caso, o ideal é que após o filme ocorra um debate, no qual o professor poderá perceber dúvidas e pontos de dificuldade. Esse é também um bom momento para a introdução dos materiais complementares citados anteriormente.
As aulas expositivas, posteriores à exibição, podem ser utilizadas para distinguir pontos importantes do filme, aprofundar o assunto e introduzir ideias que tenham passado despercebidas, sem que tenham sido mencionadas; novamente, cabe ao professor utilizar os recursos complementares para que suas aulas sejam elucidativas, interessantes e para que a atenção e a participação dos alunos seja contínua.
Se o professor considerar necessário, os trechos mais importantes podem ser apresentados mais vezes, depois que as discussões e debates, assim como a redação sobre o material fílmico, já estiverem em curso durante as aulas.
Os filmes também podem e devem ser utilizados para a discussão de questões sociais. Temas atuais como o meio ambiente e a crise econômica podem ser associados com vários conteúdos. É importante observar o nível escolar dos alunos, pois estes devem ser abordados de acordo com a faixa etária e o grau de entendimento dos mesmos. Uma criança pode não entender a crise econômica sob a perspectiva das transações de bolsas de valores, mas certamente entenderá porque deve economizar água e energia em casa.
O trabalho deve utilizar como ponto de partida a noção de mundo dos alunos, estimulando uma participação mais ativa dos mesmos nos estudos e nas relações sociais. Também podem ser formados pequenos grupos de trabalho com o objetivo de fazer com que os alunos troquem ideias entre si e despertem uns nos outros a atenção quanto a informações e aspectos que não foram percebidos, além de discutir questões propostas pelo professor.
A produção textual, caso ocorra, pode ser feita individualmente ou em grupos. O trabalho com simulações, nas aulas seguintes à exibição, pode aproximar os temas apresentados nos filmes da realidade vivida pelos alunos, ou mostrar-lhes outras realidades, as quais não conhecem. Isso tornaria o assunto em questão ainda mais pulsante e vivo para os mesmos.
Criar aulas em ambientes extraclasse, parecidos ou não com os ambientes vistos no filme, pode estimular os estudantes e fazer com que o resultado final dos trabalhos seja ainda mais interessante.
Não podemos esquecer que um filme é um texto multimodal e deve ser tratado como tal. É de fundamental importância que sejam analisados os personagens da ação, a composição espacial, e para isso devem ser consideradas todas as peças integrantes do cenário e sua importância na história, além das simbologias presentes no filme.
Vale a pena perguntar para os alunos se eles perceberam que, em algum momento, os personagens usaram palavras e frases com algum significado, mas na verdade queriam passar outra ideia ou mensagem. Para os professores de língua portuguesa, algumas figuras de linguagem podem ser relembradas antes da exibição do filme para que os alunos tentem encontrar exemplos de ironia, eufemismo, hipérbole, antítese. Também é importante que os alunos entendam o roteiro, saibam destacar o momento de clímax do filme e o seu desfecho, além de diferenciar personagens principais para o desenvolvimento da história dos coadjuvantes.
O vídeo combina a comunicação sensorial com a audiovisual, a intuição com a lógica, a emoção com a razão. O professor pode explorar os diferentes sentidos, chamando a atenção também para músicas e efeitos sonoros.
Para solucionar o problema do tempo – geralmente os filmes são maiores do que o tempo de aula – uma sugestão é realizar uma atividade interdisciplinar, na qual os professores juntariam seus tempos de aula e escolheriam um filme que pudesse ser utilizado pelas duas disciplinas. Como uma grande variedade de filmes pode ser utilizada para o estudo de gêneros e tipos textuais  em língua portuguesa, é comum que este se adapte ao trabalho com a outra disciplina, que provavelmente abordará o conteúdo do filme.
Uma das vantagens de levar filmes para a sala de aula é a sua ligação com um momento de lazer e entretenimento. Para os alunos, ver um filme significa descanso e não o compromisso e as obrigações relativos à aula. Isso modifica a postura e as expectativas em relação a esse momento “de lazer” transposto para a sala de aula. Esse clima descontraído pode trazer muitos benefícios para o processo de aprendizagem, ajudando a torná-la mais dinâmica e parecida com a aprendizagem do cotidiano, dos grupos sociais, da internet e outras vividas pelos jovens.
Disponível em: http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao/0218.html