quinta-feira, 29 de maio de 2014

YORUBÁ AFRICAN ORISHAS

Yorubá African Orishas é uma série de 20 fotografias criadas pelo americano James C. Lewis, que tem como objetivo retratar de forma artística, 20 dos 400, deuses (ou orixás) da religião nigeriana Yorubá. Esta deu origem a inúmeras outras. Aqui no Brasil, por meio dos negros escravizados, ela chegou no período da colonização e deu origem à Umbanda e ao Candomblé.
Durante uma pesquisa sobre religiões de matriz africana, as crianças se depararam com o trabalho deste artista. Então, com base neste trabalho, os alunos dos quintos anos A, B e C e da Classe Especial produziram a sua própria exposição:

CANDOMBLÉ - UMA RELIGIÃO DE RESISTÊNCIA

Obs.: o nome da exposição é uma referência a um filme homônimo.. Este filme foi assistido pelas crianças durante as pesquisas.


















































Vitória Régia

A religião indígena é muito rica e está intimamente ligada à todos os aspectos da natureza e da vida de seus seguidores. Infelizmente o homem branco reduziu a religiosidade dos nativos brasileiros ao título de "folclore". Cabe a nós, professores de Ensino Religioso, mudar essa visão pejorativa e dar à religião de matriz indígena o lugar que lhe é de direito.Segundo a tradição desses povos, os elementos da natureza possuem alma e alguns fenômenos e astros possuem caráter transcendente, fazendo a ligação entre o humano e o sagrado.
 

VITÓRIA RÉGIA

Contam os antigos que a lua é um guerreiro chamado Jaci. Todas as noites ele lança seu brilho sobre a Terra a fim de encontrar e encantar virgens. Ele as leva para o céu em forma de estrela. Uma bela jovem, chamada Naiá, sabendo deste fato e nutrindo uma paixão avassaladora por Jaci, passou a persegui-lo. Todas as tardes ficava esperando o sol se pôr para observar seu amado ascendendo aos céus. Á noite, corria pela floresta em busca de montanhas e árvores altas para subir e ficar o mais próximo possível do céu, queria alcançar Jaci para enfim expressar o que sentia.
Certa noite, percebendo que a luta era em vão, Naiá sentou-se à beira de um igarapé para chorar. Foi então que sentiu um brilho frio e sereno tocar seu rosto. Abriu os olhos e pôde ver o brilho de Jaci refletido nas águas. Com os pensamentos conturbados pela tristeza e pelas emoções, Naiá acreditou que a lua havia descido do céu para buscá-la. No auge do desejo de se entregar ao amado, a bela jovem jogou-se no rio de onde nunca mais retornaria.

Do céu, Jaci observou o sofrimento da moça e, com o coração enternecido pelo sofrimento da jovem, resolveu realizar seu maior sonho. Transformou-a em uma estrela. Mas não uma estrela comum.

Podemos encontrar Naiá até hoje, sobre as águas dos rios ao lado de folhas grandes e circulares.À noite, Naiá,, que agora é conhecida como Vitória Régia, abre suas pétalas para exalar seu perfume e receber os doces beijos dos raios do luar.
(Adaptação Karin Willms)