- Compreender a diversidade religiosa do Brasil, construindo o seu referencial de entendimento das diferenças;
- Reconhecer a estrutura hierárquica das religiões presentes no Brasil;
- Reconhecer o papel exercido por homens e mulheres na estrutura hierárquica das organizações religiosas.
Conteúdos:
- Organizações religiosas do Brasil;
- Estrutura hierárquica;
- Atuação de homens e mulheres nas organizações religiosas.
Critérios de avaliação:
- Identifica e compreende a diversidade religiosa do Brasil e suas diferentes formas de organização;
- Caracteriza a estrutura hierárquica das religiões presentes no Brasil;
- Reconhece e identifica o papel exercido por homens e mulheres na estrutura hierárquica das organizações religiosas.
Dica de vídeo para a(o) professora:
Episódio instiga as posições de liderança ou submissão das mulheres nas manifestações religiosas
O polêmico lugar das mulheres nas religiões, a luta das feministas e o papel das mulheres no mundo é tema do Entre o Ceu e a Terra desta semana
A religião tem um papel central na construção do que é ser mulher ao longo da história da humanidade. Para além das diferenças anatômicas, culturalmente, existem determinados papeis sociais diferentes para cada um dos sexos, muitas vezes em prejuízo do sexo feminino.
No episódio, Alice, filha de Alberto, percebe, em uma loja de brinquedos, que existem “coisas de meninos e coisas de meninas”. Angustiada com esta percepção, resolve escrever uma carta para o “dono da fábrica de brinquedos”. Alberto, motivado pela filha, reflete sobre a condição feminina por meio dos diversos depoimentos de lideranças espirituais, da filósofa feminista Marcia Tiburi e do especialista em mitologias, Dr. Bernardo Gregório.
O programa instiga as posições de liderança ou submissão das mulheres nas manifestações religiosas, o cultivo das divindades femininas e a perspectiva das religiões matriarcais. Tudo isso, observando como os diferentes credos religiosos e suas instituições acompanham a necessidade de progressivo reconhecimento de igualdade entre homens e mulheres nos dias atuais.
A religião tem um papel central na construção do que é ser mulher ao longo da história da humanidade. Para além das diferenças anatômicas, culturalmente, existem determinados papeis sociais diferentes para cada um dos sexos, muitas vezes em prejuízo do sexo feminino.
No episódio, Alice, filha de Alberto, percebe, em uma loja de brinquedos, que existem “coisas de meninos e coisas de meninas”. Angustiada com esta percepção, resolve escrever uma carta para o “dono da fábrica de brinquedos”. Alberto, motivado pela filha, reflete sobre a condição feminina por meio dos diversos depoimentos de lideranças espirituais, da filósofa feminista Marcia Tiburi e do especialista em mitologias, Dr. Bernardo Gregório.
O programa instiga as posições de liderança ou submissão das mulheres nas manifestações religiosas, o cultivo das divindades femininas e a perspectiva das religiões matriarcais. Tudo isso, observando como os diferentes credos religiosos e suas instituições acompanham a necessidade de progressivo reconhecimento de igualdade entre homens e mulheres nos dias atuais.
Ficha Técnica
Produção: Realejo Filmes
Direção Geral: Marcelo Machado
Direção e Produção Executiva: Thomas Miguez
Roteiro: Daniele Ricieri, Marcelo Lazarini e Thiago Dottori
Elenco: Clayton Mariano e Annalara Prates
Entrevistados
Madre Maria José do Espírito Santo
Igreja Católica | SP
Reverendo Egon Kopereck
Igreja Evangélica Luterana do Brasil | RS
Reverendo Arthur Cavalcante
Igreja Episcopal Anglicana do Brasil | SP
Yalorixá Jaciara Ribeiro
Candomblé | BA
Dona Deni
Tambor de Mina | MA
Rabino Nilton Bonder
Judaísmo | RJ
Lama Sherab Drolma
Budismo | RS
Maria Cláudia Drummond
Bahá'í | DF
Sacerdotisa Mavesper Cy Ceridwen
Wicca | DF
Marcia Tiburi
Filósofa | SP
Bernardo Lynch de Gregorio
Especialista em Mitologias | SP
SUGESTÃO DE ATIVIDADE:
VÍDEO PARA USAR EM SALA DE AULA.
Fazer uma roda de conversa sobre os dois vídeos. Neste momento as crianças devem ser estimuladas a falar sobre as suas experiências, ou seja, se frequentam alguma religião, deixar que falem sobre como são as mulheres que a frequentam, se existe alguma regra com relação à vestimenta, lugar de sentar dentro do templo, papel que desempenha nos momentos de reunião, etc.
- Contar a história da Joana D'Arc para as crianças
Joana D’Arc
nasceu na França, no ano de 1412, no lugarejo de Domrémy. No contexto
histórico do século XV, a França se encontrava em meio a uma
“turbulência” política, social e econômica. O rei Carlos VI estava
doente e, por suas ausências no governo, a rivalidade entre a casa da
França e a casa de Borgonha (também na França) acentuou-se.
A França, no século XV, encontrava-se quase que em uma total anarquia e
permeada por motins e assassinatos. Assim, os conflitos civis e a
desordem social estavam instalados na França. Dentro desse contexto, a
Inglaterra, sob o comando do rei Henrique V, viu a oportunidade de tomar
o poder na França.
No ano de 1422, no entanto, o rei Carlos VI, da França, e o rei inglês
Henrique V, morreram. A irmã de Carlos VI, casada com Henrique V,
assumiu a regência do trono francês. Sem nenhum sucessor para o trono
francês, os ingleses aproveitaram para uma possível invasão da França.
No momento em que a França estava sendo invadida pelos ingleses, surgiu a
figura mítica da história francesa: Joana D’Arc, insatisfeita com o
governo britânico, assim como os camponeses e populares.
Joana, quando era criança, divertia-se normalmente, brincava, mas tinha
responsabilidade sobre outros afazeres: tomava conta do rebanho de
carneiros, costurava e cuidava dos serviços domésticos. A religiosidade
era outra característica presente na vida de Joana D’Arc, tanto é que,
aos 12 anos de idade, conta-se que a menina afirmou ter ouvido vozes
vindas do céu que lhe diziam para salvar a França e coroar o rei.
Em certo dia, Joana escreveu ao rei uma carta, pedindo conselhos, e o
rei aceitou recebê-la (os motivos da concordância do rei são
desconhecidos). Dessa maneira, Joana D’Arc partiu para a corte no dia 13
de fevereiro de 1429 e chegou ao Castelo de Chinon, residência do rei
Carlos VII (filho de Carlos VI. É interessante ressaltar que a
Inglaterra não reconhecia a legitimidade do governo de Carlos VII), no
dia 23 de fevereiro. As primeiras palavras de Joana para o rei foram em
relação à visão que havia tido.
Entretanto, o rei somente acreditou em Joana quando ela falou sobre os
vários pedidos que ele fizera a Deus, enquanto rezava solitário na
Igreja. Após ser testada também por teólogos, Joana D’Arc recebeu do rei
uma espada, um estandarte e o comando geral dos exércitos franceses.
Joana queria atacar a região de Orleans sob o comando dos ingleses, por isso enviou um aviso a eles: “A
vós, ingleses, que não tendes nenhum direito neste Reino de França, o
Rei dos Céus vos ordena, e manda, por mim, Joana, a Donzela, que deixeis
vossas fortalezas e retorneis para vosso país, caso contrário farei
grande barulho”.¹
A guerreira e a tropa francesa mobilizada pelo rei Carlos VII
conseguiram empreender vitórias em diversas batalhas. Essa disputa ficou
conhecida na história como a Guerra dos Cem Anos (1337 – 1453), da qual
a França saiu vitoriosa, conseguindo expulsar os ingleses,
principalmente do norte da França.
Após a expulsão dos britânicos, os nobres franceses, representados pelo
rei Carlos VII, temerosos de uma forte aliança popular entre Joana
D’Arc e a população camponesa, entregaram-na para os ingleses. Joana foi
morta, queimada na fogueira, no ano de 1430 sob a acusação de bruxaria.
No ano de 1453, a Guerra dos Cem Anos terminou com a assinatura do
Tratado de Paz entre França e Inglaterra.
Leandro Carvalho
Mestre em História
Mestre em História
¹ Trecho retirado: GARÇON, Maurice. ‘Joana D’Arc. Uma santa em armas’. In: Biografias. Os grandes nomes da Humanidade. Revista História Viva, nº 2 , São Paulo: Duetto-Editorial, p. 64-69.
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