segunda-feira, 4 de abril de 2016

Linguagens sagradas - 5º ano

Objetivos:

- Conhecer a função e a importância das artes sagradas;
- Conhecer a função e a importância dos mitos e textos sagrados orais e escritos.

Conteúdos:

- Arte sagrada;
- mitos;
- tradições orais;
- textos escritos.

Critérios de avaliação:

- analisa a função da arte sagrada, identificando a sua importância;
- reconhece a função dos mitos e textos sagrados orais e escritos, identificando a sua importância.

Sugestão de leitura para a (o) professora:



Sugestão de AULA:

Passar para os alunos os vídeos e informações sobre os seguintes tipos de dança sagrada, sempre dando a oportunidade para que eles falem sobre seus conhecimentos acerca do que foi apresentado.

DANÇA DO VENTRE
A história da dança do ventre é tão antiga quanto a história do homem, ou melhor, da mulher. É a primeira dança feminina de que se tem registro. Na antiguidade, os rituais sagrados eram dançados para expressar as mais profundas emoções, honrar as divindades ligar-se ao sagrado e pedir aos Deuses a fertilidade da terra e do homem, o sol, a chuva e o vento para as colheitas. Os movimentos de contração, ondulação e vibração foram desenvolvidos pelas mulheres como um culto à Grande Deusa (natureza) em prol da fertilidade - do ventre e da terra. E também em função de aliviar dores menstruais e preparar os músculos para a sustentação da gestação e o trabalho de parto.
(texto completo em: http://magiasdeisis.blogspot.com.br/p/blog-page.html)
DANÇA INDÍGENA

O índio dança para celebrar atos, fatos e feitos relativos à vida e aos  costumes. Dançam enquanto preparam a guerra; quando voltam dela; para celebrar um cacique, safras, o amadurecimento de frutas, uma boa pescaria; para assinalar a puberdade de adolescentes ou homenagear os mortos em rituais fúnebres; espantar doenças, epidemias e outros flagelos.

As danças indígenas podem ser realizadas por um único individuo ou em grupo e, salvo raras exceções no alto Xingu, não é executada em pares. As mulheres não participam de danças sagradas, executadas pelos pajés ou grupos de  homens. São utilizados, ainda, símbolos mágicos, totens, amuletos, imagens e diversos instrumentos musicais e guerreiros em danças religiosas, dependendo do objetivo da cerimônia.

Em algumas delas muitos usam máscaras, denominadas dominós, que lhes cobrem o corpo todo e lhes servem de disfarce. A linguagem do corpo em movimento, sua organização estética e coreográfica, além do canto, ocupam um lugar fundamental no desempenho do ritual indígena.
 

 DANÇA JUDAICA

A dança em Israel surgiu como uma fusão entre estilos de dança judaico e não judaico de diversas partes do mundo. Enquanto em outros países a dança é estimulada para preservar velhas tradições rurais, em Israel é uma arte recém desenvolvida, que vem evoluindo desde os anos 40, baseada em fontes históricas e modernas. Inspira-se também na bíblia e em estilos de danças contemporâneas. Os pioneiros que trocaram a vida urbana da Europa Oriental pela vida rural em um ambiente coletivo trouxeram com eles danças que foram adaptadas à nova situação. A dança popular é aquela que o povo cria para o povo, e que consequentemente uma parte considerável da população dança. Os estudiosos do folclore costumam definir o processo de criação em uma cultura popular, como um processo coletivo anônimo e desconhecido, de que se pode deduzir que as danças populares se formaram no passado seguindo o mesmo caminho.Em uma sociedade algum membro se destaca, encontra novos movimentos expressivos e cria uma nova dança. Numa ocasião qualquer ele a apresenta à sociedade e esta o imita. Se a dança agrada a maioria ela é aceita e anexada ao resto das danças anteriormente aceitas. Com o passar dos anos a dança passará a fazer parte da tradição, sendo conservada durante muitos anos.


 DANÇA SUFI


A cerimônia representa a jornada espiritual do ser humano, uma ascenção por meio da inteligência e amor à Perfeição (Kemal).Girando em direção à verdade, ele cresce através do amor, transcende o ego, encontra a verdade, e chega à Perfeição. Então ele retorna de sua jornada espiritual como aquele que alcançou a maturidade e a completude, capaz de amar e servir a toda criação e a todas as criaturas, sem discriminações de crença, classe ou raça.
No simbolismo do ritual Sema, o chapéu de pelo de camelo (sikke) do semazen representa a tumba do ego; a sua grande saia branca representa a mortalha do ego. Ao remover a sua capa negra, ele é espiritualmente renascido para a verdade. No início do Sema, mantendo seus braços fechados em cruz, o semazen representa o número um, testemunhando a unidade divina. Enquanto gira, seus braços estão abertos: seu braço direito está direcionado ao céu, pronto para receber a beneficência de Deus; sua mão esquerda, sobre a qual os seus olhos estão fixados, está virada para a terra.
O semazen oferece o presente espiritual de Deus àqueles que testemunham o ritual Sema. Girando da direita para a esquerda ao redor do coração, o semazen abraça toda a humanidade com amor. O ser humano foi criado com amor, para que também ame. Mevlâna Jalâluddîn Rumi diz: “Todos os amores são uma ponte para o amor Divino. No entanto, aqueles que não o experimentaram não o sabem!”.
 
 DANÇA NO CANDOMBLÉ
A Dança tem papel fundamental na religião do candomblé, logo que, é uma religião musical e culturalmente rica, é através da dança que o povo de santo cultua e homenageia seus orixás.
A dança tem um sentido particular porque é a expressão da divindade e da identidade mais verdadeira da filha ou do filho-de-santo. Cada um possui a própria "identidade-sonora", o próprio duplo no orum, que o fiel encontra no momento da possessão e que aprende a reconhecer e a conhecer através da dança e da música. E pelo corpo que o ser humano começa o caminho do conhecimento e o papel por ele desempenhado no cosmo e na sociedade. Sendo no corpo que o ser humano vivência a própria experiência da vida e junta as várias informações simbólicas sobre o mundo, é no corpo divino, que vivenciando as energias sagradas, ele pode se comunicar com o sagrado, pode juntar o lado sensível com aquele material, porque não dados cognitivos, mas as cores, as formas, os sentimentos internos dão forma á matéria.
No Candomblé as danças são estruturadas a partir de coreografias executadas no xirê ou até mesmo nas incorporações. Pode-se observar que as movimentações executadas são relacionadas às letras das canções e as características dos orixás, as trocas das coreografias são feitas quando se começa a cantar outra canção. 

* Pedir que os alunos pesquisem,  com familiares e/ou líderes da comunidade se as religiões do entorno da escola também possuem uma dança sagrada, se sim, como e em que momentos ela acontece. Sugerir que os alunos tragam estas informações e dividam com os colegas. Levar os alunos ao laboratório de informática para que pesquisem mais sobre os dados coletados e confeccionem, em grupos, cartazes com as informações obtidas e também as passadas pela professora.

* Fazer uma exposição sobre dança sagrada e dança secular (neste caso as professoras/professores de arte e educação física podem contribuir com os conhecimentos acerca da dança como atividade física e como arte.

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