Católicos, judeus, espíritas, protestantes e budistas falam sobre a data e a forma de comemorar de cada um
Nesse sentido, o Portal Infonet traz para você, internauta, exemplos de como algumas doutrinas presentes em nosso país vêem e celebram a data. Dispensando as diferenças, todas ressaltam a importância do Natal, independente do modo e de quando ele é comemorado.
Católicos
Frei Anilson diz que Cristo é o foco da festa para os católicos |
Como tradição, de acordo com o frei, os católicos costumam comemorar a data em família, em alusão à Sagrada Família, formada por Maria, José e o Menino Jesus. Tal importância tem esse aspecto para os católicos, que as pessoas costumam se reunir em um único lugar. Quem mora em outras cidades ou países, costuma viajar para comemorar a data com os familiares. Antes da tradicional ceia e da troca de presentes, entretanto, os católicos costumam ir à igreja para a comemoração religiosa, que começa na véspera e se estende até o dia 25 de dezembro.
A ‘Misa do Galo’, realizada na véspera, é a principal. “Por muitos anos ela era rezada à meia-noite, mas a conjuntura atual não permite mais isso. A violência, principalmente, foi um dos fatores que fizeram as paróquias mudarem o horário”, explica frei Anilson. Neste ano a Igreja dos Capuchinhos celebrará a missa às 19h.Depois dela vem outro elemento tradicional dos festejos, o Auto de Natal. Nele, há a dramatização do nascimento de Cristo por membros da igreja. “O presépio, que hoje é montado em vários lugares, foi uma invenção de São Francisco de Assis”, conta o frei.
Pastor Luiz Paulo diz que evangélicos comemoram em cultos |
O mesmo foco a festa tem para os evangélicos. Segundo o pastor da Igreja do Evangelho Quadrangular Luiz Paulo, o Natal é uma das principais comemorações do cristianismo e, assim como os católicos, os protestantes celebram o nascimento de Cristo. “Os cultos são mais simples, realizados como de costume. O diferencial, entretanto, está no acréscimo de músicas e apresentações que traduzem a importância da data”, explica o pastor.
As celebrações, acrescenta ele, tomam como foco a reafirmação dos princípios cristãos e a ênfase na doutrina de Cristo. “O diferencial fica por conta da simplicidade mesmo. Outras igrejas são mais tradicionais e realizam as festividades com mais antecedência, por uma questão de tradição, o que deixa a festa com maior beleza”, considera.
O pastor Luiz Paulo diz, ainda, que apesar de criticarem o apelo comercial que a época ganha, esta característica não anula o verdadeiro sentido dos festejos natalinos. “É um momento de união, de recomeço. O sentido que cada um dá à data é relativo”, diz.
Lion Schuster explica que judeus comemoram em setembro / Foto: Arquivo JC |
Enquanto os cristãos comemoram em dezembro, os judeus celebram as festas de fim de ano em setembro. Mas, de acordo com o economista Lion Schuster, adepto da religião, nenhum judeu deixa de comemorar o Natal ou Ano Novo. “Fazemos assim enquanto brasileiros, em respeito à religião que seguem. Não é a nossa festa, mas comemoramos também”, disse.
Em 2010, os judeus comemorarão a chegada do ano 5010. Além de celebrarem a data em seus templos, com a pregação feita pelo rabino – o que assume a figura do padre ou o pastor, em outras religiões – e a ceia, realizada em família, é composta por pratos típicos como pão, peixe, sopa de beterraba, frutas secas, queijo, etc.
Espíritas
Jácome Góis explica como os espíritas celebram a data |
Segundo Jácome, o momento é de comemorar não só um nascimento, mas o renascimento e a descoberta de um novo sentido para a vida. “O Natal é uma ocasião mágica em que as pessoas estabelecem laços de fraternidade, através das confraternizações. Mas é importante que o brilho das festas permaneça e provoque mudanças radicais. O Natal deve ser reverenciado e vivenciado todos os dias”, considerou.
Budistas
Rita diz que Budismo e Cristianismo têm afinidades, mas datas diferem |
Enquanto os sentimentos e ações de solidariedade e compaixão são referenciais nas duas doutrinas, a diferença entre elas está na crença, pelos budistas, em que os seres vivos passam por ciclos de renascimento. “Por isso acreditamos que as nossas ações, hoje, refletirão na vida daqueles que estão por vir”, complementa Rita. A comemoração para os adeptos do budismo, nesta época, se dá por meditações e palestras de aconselhamento sobre como levar uma vida mais correta aqui na terra.
Apenas na primeira lua cheia de maio os budistas comemoram o final de ano. “Celebramos, nessa época, o nascimento, a iluminação e a morte de Buda”, conta Rita.
Por Diógenes de Sousa e Raquel Almeida
FONTE: http://www.infonet.com.br/cidade/ler.asp?id=93245
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