Este blog visa contribuir para o desenvolvimento das práticas de Ensino Religioso, nas escolas de Ensino Fundamental, sob a perspectiva da diversidade religiosa e cultural.
terça-feira, 17 de junho de 2025
segunda-feira, 28 de abril de 2025
O que é democracia?
A palavra democracia vem do grego. Nessa língua, demos significa povo e cracia quer dizer poder. Juntando as duas partes chegamos à conclusão que democracia significa poder do povo, ou ainda, poder no povo.
Apesar de já ter sido criada há muitos séculos, ainda tem gente que não entende muito bem o que é democracia, o que ela garante, como funciona e por que é tão importante fortalecê-la. Se você também tem dúvida, venha com a gente!
História da democracia
A democracia nasceu na Grécia Antiga por volta do ano 507 A.C. Cansados de governos tiranos e opressores, alguns povos gregos começaram a experimentar uma forma de governo chamada de democracia direta, que consistia, basicamente, em juntar os cidadãos e deixar que chegassem num consenso sobre o que era melhor para todos. Eles se reuniam em uma praça pública, chamada de ágora, e discutiam a política e os assuntos de interesse da comunidade. Isso era possível porque eles eram poucos e podiam se reunir num lugar só.
Não que a população fosse pequena, mas só os homens livres, nascidos na Grécia, que não precisavam trabalhar para sobreviver, eram considerados cidadãos e podiam participar das decisões. Ficavam de fora os homens trabalhadores, como comerciantes e artesãos, as mulheres, as pessoas escravizadas, os estrangeiros e as crianças.
Participativa ou representativa?
Existem dois tipos de democracia. A do modelo grego, que chamamos de participativa ou direta, em que os próprios cidadãos criam e votam as leis; e a indireta ou representativa, exercida por cidadãos que são eleitos para representar um determinado grupo.
A democracia representativa, que é a que vivemos no Brasil, surge da impossibilidade de reunir milhões de pessoas num mesmo lugar para discutir e tomar decisões conjuntas.
Nem todos os países são democracias
O contrário de democracia é ditadura ou autocracia, outro termo grego que significa governo por si próprio (auto = em si mesmo e cracia = poder). Neste caso, o governo está na mão de uma única pessoa ou de um determinado grupo que assume o poder por conta de privilégios econômicos, sociais ou por hereditariedade, e permanece no comando por imposição ou pelo uso da força. Se o povo não concordar com as decisões, não pode fazer nada para mudar.
Hoje, o Brasil é uma república democrática. Elegemos nosso presidente e também nossos representantes. Além disso, nossos direitos estão assegurados pela Constituição de 1988, a mais recente da nossa história. Mas nem sempre foi assim.
Um exemplo disso ocorreu entre 1937 e 1945, quando foi instituído por aqui o chamado Estado Novo, uma ditadura sob o comando do presidente Getúlio Vargas. Naquela época, o Congresso Nacional foi fechado e o povo ficou sem poder eleger seus representantes.
O caminho da democracia
É muito mais complexo governar numa democracia. Afinal, as vontades e as necessidades das pessoas de uma população são bem diferentes. As decisões mais maduras, que beneficiam de forma mais ampla o povo e que resultam em um bem coletivo para a sociedade, precisam ser muito bem discutidas e isso leva tempo.
Todo esse trabalho vale a pena quando pensamos que numa democracia está garantida a participação popular e, ainda, a liberdade de expressão.
Voto: principal instrumento de participação
O voto é fundamental porque é por meio dele que escolhemos nossos representantes. É com esse instrumento precioso que dizemos quem pode tomar decisões no nosso lugar. No Brasil, o voto é universal – isso quer dizer que ricos ou pobres, alfabetizados ou não, empregados ou desempregados têm o mesmo peso na escolha dos representantes. Um voto não vale mais do que o outro. Leia mais sobre voto aqui.
E a democracia direta, ainda existe?
A Constituição de 1988 prevê três formas de participação popular direta: o referendo, o plebiscito e a iniciativa popular.
Referendo
Referendo é uma consulta que o governo faz à população a respeito de uma decisão já tomada – uma lei já em vigor, por exemplo.
Em 2005, houve um referendo relacionado à Lei Nº 10.826/2003, conhecida como Estatuto do Desarmamento. O objetivo era conhecer a opinião das pessoas sobre o artigo 35, que proibia o comércio de armas de fogo e munição em todo o território nacional. Brasileiras e brasileiros foram às urnas e a maioria foi contra a proibição. O artigo foi excluído da Lei.
Plebiscito
Muita gente confunde plebiscito com referendo, mas eles têm uma diferença básica. O plebiscito é feito antes de o governo tomar uma decisão.
Em 1993, os(as) brasileiros(as) foram convocados(as) para decidir sobre a forma e o sistema de governo que gostariam de ter. Os(as) eleitores(as) puderam fazer duas escolhas, cada uma apresentando duas alternativas: a primeira, sobre a forma de governo, com as opções de monarquia ou república; a segunda, sobre o sistema de governo, com as opções de presidencialismo ou parlamentarismo. A população optou por manter o País como uma república presidencialista.
Projeto de Lei de Iniciativa Popular
Não é só parlamentar que pode formular leis. A sociedade também pode propor, se quiser. Os Projetos de Lei de Iniciativa Popular devem ser apresentados à Câmara dos Deputados na forma de um abaixo-assinado, com assinatura de pelo menos 1% dos(as) eleitores(as) do País, distribuídos por, pelo menos, cinco estados do Brasil ou no Distrito Federal. Depois de recebidas no Congresso, essas propostas são analisadas como qualquer outro projeto de lei.
Por exemplo: a Câmara recebeu, em 2009, o projeto de iniciativa popular conhecido como “ficha limpa”, que propunha que qualquer pessoa condenada por um crime fosse impedida de concorrer a um cargo político. O projeto contou com o apoio de 1,3 milhão de pessoas, que assinaram a proposta formulada pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, integrado por 43 organizações.
Reprodução autorizada desde que contenha a assinatura "plenarinho.leg.br - Câmara dos Deputados" e não seja para fins político-partidários
quinta-feira, 20 de março de 2025
Entenda qual é a diferença entre rito e ritual
De maneira geral, o rito é um conceito mais amplo de algum aspecto de uma religião, por exemplo. Esse aspecto é o conjunto de conteúdos de um mito transmitido com base nas crenças da determinada religião. Para colocar o rito em prática são feitos rituais específicos e estes são compostos por gestos, ações, palavras, entre outros.
Para compreender melhor o assunto e conhecer os dois termos usuais do misticismo, confira com mais detalhes a diferença entre rito e ritual e como eles são elaborados.
O que é rito?
A palavra "rito" tem origem no latim e é um termo que se refere aos costumes invariáveis, já estabelecidos por meio de regras ou normas de uma cerimônia de determinada cultura ou religião.
Um rito é baseado nas crenças das pessoas que o realizam e é uma forma de simbolizar e transmitir as ideias e os conceitos de algum tipo de mito.
Dentro de uma religião, por exemplo, a existência e a narração dos ritos é uma tradição muito importante para os praticantes, de maneira que podem ser aplicados com um objetivo individual ou social.
O rito individual é realizado por uma única pessoa, de forma que o local e o tempo utilizado para a repetição do rito tornam-se elementos sagrados. Pessoas que têm o costume de orar todos os dias sem falta, no mesmo horário, em um lugar específico e recitando a mesma oração, por exemplo, têm um rito individual.
Já o rito social, ainda com o exemplo de caráter religioso, é elaborado por todo o grupo de pessoas que formam a religião. Nessa questão, é possível diferenciar as crenças e mitos que dão origem às religiões, uma vez que o rito social pode ser diferente em cada culto por causa da cultura da sociedade em que está inserido.
Contudo, a base primária dos ritos não muda muito nas tradições da humanidade. Por exemplo: existe uma crença muito difundida no mundo de preparar uma cerimônia para os vivos se despedirem dos mortos, conhecida como rito funerário.
Porém, enquanto em algumas culturas são feitos velórios, em outras são elaboradas grandes festas. Portanto, o jeito de aplicar o rito - ou seja, o ritual - é diferente, mas o conceito que dá base a ele é o mesmo.
Existem ritos mais populares que outros, como é o caso do rito de purificação que é o bastimo; os sacrifícios; a consagração de reis, sacerdotes e outros líderes de uma cultura e, por fim, os ritos de passagem e de iniciação, conhecidos por serem, respectivamente, o acesso de uma etapa para outra e a introdução de ensinamentos básicos para as pessoas que estão iniciando uma determinada prática.
No cotidiano, o termo rito também pode ser utilizado em situações rotineiras, sem qualquer vínculo com o misticismo. Por exemplo, alguém que diz "vou te apresentar meus ritos de lazer", significa que ela faz determinadas atividades de maneira costumeira para se entreter.
O que é ritual
Enquanto o rito é o conceito por trás de tudo, o ritual é a prática. Dessa forma, a celebração do rito, isto é, a concretização dos costumes, das regras estabelecidas e dos ensinamentos tradicionais é chamada de ritual.
Formado por um conjunto de ações, símbolos, palavras e/ou gestos, o ritual - palavra que também tem origem no latim - é feito com o objetivo de celebrar uma tradição e alcançar um determinado resultado.
Por exemplo, a cerimônia do casamento é um ritual elaborado para aplicar o rito de união entre duas pessoas e, assim, passar de uma pessoa solteira para casada.
Assim como o rito, o ritual pode ser realizado de maneira individual ou social, além de utilizar ferramentas específicas para a sua efetivação. Estas podem ser roupas, objetos mágicos e/ou com grande valor simbólico - como, no caso do casamento, as alianças - e ser feito em lugares considerados sagrados, seja para você, como um altar em casa, ou para o coletivo, como um templo.
Também existem os rituais psíquicos que são praticados para chamar ou afastar vibrações, energias ou forças sobrenaturais de algo ou de alguém. Esse tipo de ritual deve ser sempre acompanhado de alguém especializado na área.
https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/horoscopo/entenda-qual-e-a-diferenca-entre-rito-e-ritual,4cc65d87cf1dc9a2299842dee86d1692qpjcvxlb.html?utm_source=clipboard
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025
Contrato de combinados da turma
Nesse tipo de dinâmica, o foco está no engajamento dos estudantes às regras de boa convivência em sala de aula.
Os alunos devem pensar em regras essenciais para o convívio e o bom desenvolvimento da turma. A partir daí, elabora-se um contrato que deve ser assinado por todos e guardado pelo professor.
Ao longo do ano, quando forem surgindo algumas questões ou conflitos, o contrato pode servir de referência para as tomadas de decisão coletivas.
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025
Dinâmica para o primeiro dia de aula - Unindo o coração
Objetivo: levar os alunos a se conhecerem melhor. Desenvolver o relacionamento interpessoal e a comunicação.
Material Necessário:
Corações de cartolina cortados em duas partes de forma que uma delas se encaixe na outra. Cada coração só poderá encaixar em uma única metade (não pode ter partes iguais).
Procedimento:Distribuir os corações já divididos de forma aleatória.
Informar que ao ouvirem uma música (pode substituir por estipular o tempo) caminharão pela sala em busca de seu par.
Quando todos encontrarem seus pares, o educador irá parar a música e orientar para que os participantes conversem (caso não se conheçam perguntar o nome, idade, etc.), caso não se conheçam deverão apresentar o seu par para turma.
Reflexão:
Perguntar aos alunos:
Como se sentiram durante a atividade?
Foi possível conhecer um pouco mais os colegas?
Tiveram dificuldades de encontrar o seu par?
Explicar aos alunos que sozinhos somos incompletos, precisamos ter colegas, amigos, pessoas ao nosso lado. Para isso é importante respeitarmos os colegas, sermos companheiros e colaborarmos uns com os outros.
Tempo de duração: 15 a 20 minutos
Faixa etária: a partir de 6 anos
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025
Como organizar o tempo, no Ensino Religioso?
O primeiro passo é observar, atentamente, os objetivos propostos pelo Currículo ou pela BNCC (no caso das instituições que não possuem um currículo próprio), verificando quantos objetivos de aprendizagem devem ser atingidos a cada ano. Bem como a complexidade de cada um. Este planejamento é necessário pois, este
é um processo de
racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a
atividade escolar e a problemática do contexto social. A escola, os professores
e os alunos são integrantes da dinâmica das relações sociais; tudo o que
acontece no meio escolar está atravessado por influências econômicas, políticas
e culturais. (LIBÂNEO, 1994, p. 222).
A seguir, observamos
um exemplo desta organização, lembrando que, a cada ano, o calendário pode
sofrer alterações de acordo com os feriados e datas de férias e recessos:
5.º ano - 2023 |
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1.º trimestre |
2.º trimestre |
3.º trimestre |
10 aulas |
8 aulas |
8 aulas |
4 objetivos |
4 objetivos |
2 objetivos |
Sugestões de leitura para organizar o tempo e o planejamento:
-
O primeiro dia de aula é sempre um desafio ímpar. Para quem trabalha com o Ensino Fundamental I então, pode ser muito difícil, principalment...