Objetivo:
Reconhecer que as religiões do mundo possuem diferentes formas de organização.
Conteúdo:
organizações religiosas do mundo.
Estrutura
hierárquica (liderança religiosa/personalidade).
O
sagrado feminino
Critérios de ensino-aprendizagem:
Identifica e compreende as diferentes formas de organizações religiosas
presentes no mundo.
Caracteriza
a estrutura hierárquica das religiões presentes no mundo.
Identifica
e compreende o sagrado feminino na diversidade religiosa.
SUGESTÕES DE ATIVIDADE[1]
1. Assistir ao vídeo “Quatro cântaros – Mataji –
As mães Sagradas”[2]
observar que a música traz os nomes de Lakshmi e Oxum, divindades femininas do
hinduísmo e candomblé respectivamente. Explorar com as crianças a história
destas duas entidades e questioná-las sobre a existência de outras deusas,
entidades e/ou divindades femininas. Apresentar que, em algumas organizações
religiosas não existe uma “deusa” mas sim mulheres que, devido a sua
contribuição se tornaram sagradas (ex.: Maria – mãe de Jesus).
2. Fazer
a dobradura da flor de lótus, símbolo da deusa Lakshmi. Colar em um TNT ou
crepom azul, representando um rio (em referência a Oxum).
3. Observar
as organizações religiosas pesquisadas, qual a sua origem, costumes, etc.
destacando a estrutura hierárquica e a divisão de papéis dentro da mesma. Por
exemplo: no candomblé homens e mulheres podem desempenhar a função de
sacerdote, que recebe o nome de babalorixá ou ialorixá, dependendo do gênero.
Na Igreja católica homens podem se tornar padres e mulheres freiras, porém as
funções dentro da igreja são diferentes. E assim por diante, lembrando de
contemplar as quatro matrizes.
[1] Lembrando que as aulas de Ensino
Religioso têm duração de 50 minutos e, por esta razão estas atividades acontecerão
em aulas diferentes no decorrer do trimestre.
[2]
Disponível no youtube: https://www.youtube.com/watch?v=_UEUQZsaDZ4
MATAJI
– As Mães Sagradas[2]
Composição: Elisabet Just
Coordenação
das percussões:
Fernanda de Paula
Idealização: Elisabet Just, Fernanda de Paula,
Marília de Zita e Mirela Cogoni
Percussão: Fernanda de Paula e Marília de Zita
Violoncelo: Mirela Cogoni
Vozes: Fernanda de Paula, Elisabet Just e
Marília de Zita
Composto
por quatro belas mulheres brasileiras (Elizabet
Just, Fernanda
de Paula, Marília
Zita e Mirela
Cogoni), o grupo musical denominado “QUATRO CÂNTAROS” explora a
espiritualidade na música de uma forma ímpar. Manifestações sublimes das deusas
honradas nesse cântico (“MATAJI – As Mães Sagradas”), cada voz e cada instrumento
unem-se em um todo harmonioso capaz de elevar qualquer ser humano à mais
profunda comunhão com o espírito das deidades.
Essa
música é a mais expressiva e representativa do grupo QUATRO CÂNTAROS, onde cada
uma das integrantes do grupo oferecera suas ideias na elaboração desta
reverência musical. As mães sagradas Lakshmi
(hindu), Osún
(iorubá) e Kwan Yin
(chinesa) são evocadas nesse cântico, cujo o próprio grupo, de acordo com a
obra de Alexandre Cumino, as identifica como “expressões divinas que pertencem
ao Trono Feminino do Amor.
Inspirada
nos procedimentos de composição musical das Ensaladas,
apresenta nas vozes três melodias populares e uma de autor, acompanhadas por
instrumentos de percussão e violoncelo:
DIWALI
“Ai, ai, ai, hoje é dia de Diwali! Hoje
é dia da festa das luzes, abençoados pela grande deusa mãe Lakshmi”.
Em
língua hindi, foi composta por um Coletivo de Sahaja Yoges de Hyderabad, na Índia, foi
sugerida por Marília, que mora num Ashram
da Sahaja Yoga.
Refere-se ao famoso festival hindu das luzes, as festas de celebração do Ano
Novo no calendário Vikrana.
É realizado na primeira noite de lua nova do mês Kartika, que pode ser outubro ou novembro do
nosso calendário ocidental. O festival celebra a vitória do bem sobre o mal, da
luz sobre as trevas, e do conhecimento sobre a ignorância, apesar das lendas
que acompanham o festival serem diferentes em regiões diferentes da Índia.
Esta
canção reverencia Lakshmi, a energia da Mãe Divina que nos alimenta com beleza,
harmonia, prosperidade e abundância.
XORODÔ
– Ponto de Osún do Candomblé
“Mãe que faz o rio ser sagrado, mamãe
Mãe
que tornou o rio sagrado
Senhora
das águas que dão vida aos filhos queridos
Torna
o rio sagrado“
Fernanda
trouxe essa canção com a intenção de sobrepor à Diwali. Somente fazendo alguns recortes
em Diwali
e contraponto funcionou harmoniosamente.
Xorodô é um título que coloca-se apenas como
referência, mas é um ponto de Candomblé. E esses não possuem título, pois para
cada orixá entoa-se dezenas e dezenas de pontos. Portanto, esse é somente
apenas mais um dos muitos pontos de Osún do Candomblé. Trata-se de uma cantiga
da Nação Ketu, transcrita para pronúncia em português do idioma Iorubá.
Este
ponto reverencia Osún, orixá que irradia amor, beleza; a senhora dos rios e
cachoeiras que atrai a prosperidade. Durante toda a primeira parte da música, o
ritmo dos instrumentos de percussão é o ijexá,
usados nos pontos de Osún, e sugerido pela Fernanda para alinhavar as duas
primeiras canções.
OM
MANI PADME HUM
“Salve a joia no lótus!”
Composição
para vozes, violoncelo e instrumentos de percussão, feita por Elisabet com as
palavras de um dos mais famosos mantras. Comumente traduzido do sânscrito como
“Salve a joia no Lótus”,
seu significado é muito mais abrangente e cada uma de suas seis sílabas possui
complexos significados. De origem indiana, ficou conhecido no Tibete como o
mantra da compaixão. Na China, este mantra ficou associado à figura de Kwan Yin, considerada, por
alguns, a forma feminina de Avalokistesvara,
o bodhisattva da
compaixão.
Esta
música reverencia Kwan Yin, divindade que representa o amor em forma de
compaixão e também a paz, o perdão, a cura e a luz.
MAMÃE
OSÚN – Ponto de Osún da Umbanda
Entrelaçando
a melodia principal da música anterior, inicia o arranjo feito por Elisabet
desta famosa e emocionante canção de domínio público, enquanto a batida
constante da percussão do mantra permanece como um moto contínuo. Dentre as
versões dessa canção, foi escolhida aquela apresentada pela Fernanda, e o canto
agudo de Osún, que preserva a palavra OM, foi sugerido por Mirela.
Vale
a pena conferir. Recomendo a todas as pessoas espiritualistas que entendem e
enxergam o Sagrado em todas as suas manifestações.
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