segunda-feira, 15 de maio de 2017

ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS - 5º ANO



Objetivo: Reconhecer que as religiões do mundo possuem diferentes formas de organização.
Conteúdo: organizações religiosas do mundo.
Estrutura hierárquica (liderança religiosa/personalidade).
O sagrado feminino
Critérios de ensino-aprendizagem: Identifica e compreende as diferentes formas de organizações religiosas presentes no mundo.
Caracteriza a estrutura hierárquica das religiões presentes no mundo.
Identifica e compreende o sagrado feminino na diversidade religiosa.

SUGESTÕES DE ATIVIDADE[1]

1.     Assistir ao vídeo “Quatro cântaros – Mataji – As mães Sagradas”[2] observar que a música traz os nomes de Lakshmi e Oxum, divindades femininas do hinduísmo e candomblé respectivamente. Explorar com as crianças a história destas duas entidades e questioná-las sobre a existência de outras deusas, entidades e/ou divindades femininas. Apresentar que, em algumas organizações religiosas não existe uma “deusa” mas sim mulheres que, devido a sua contribuição se tornaram sagradas (ex.: Maria – mãe de Jesus).

2.    Fazer a dobradura da flor de lótus, símbolo da deusa Lakshmi. Colar em um TNT ou crepom azul, representando um rio (em referência a Oxum).

3.    Observar as organizações religiosas pesquisadas, qual a sua origem, costumes, etc. destacando a estrutura hierárquica e a divisão de papéis dentro da mesma. Por exemplo: no candomblé homens e mulheres podem desempenhar a função de sacerdote, que recebe o nome de babalorixá ou ialorixá, dependendo do gênero. Na Igreja católica homens podem se tornar padres e mulheres freiras, porém as funções dentro da igreja são diferentes. E assim por diante, lembrando de contemplar as quatro matrizes.



[1] Lembrando que as aulas de Ensino Religioso têm duração de 50 minutos e, por esta razão estas atividades acontecerão em aulas diferentes no decorrer do trimestre.
[2] Disponível no youtube: https://www.youtube.com/watch?v=_UEUQZsaDZ4



MATAJI – As Mães Sagradas[2]
Composição: Elisabet Just
Coordenação das percussões: Fernanda de Paula
Idealização: Elisabet Just, Fernanda de Paula, Marília de Zita e Mirela Cogoni
Percussão: Fernanda de Paula e Marília de Zita
Violoncelo: Mirela Cogoni
Vozes: Fernanda de Paula, Elisabet Just e Marília de Zita
Composto por quatro belas mulheres brasileiras (Elizabet Just, Fernanda de Paula, Marília Zita e Mirela Cogoni), o grupo musical denominado “QUATRO CÂNTAROS” explora a espiritualidade na música de uma forma ímpar. Manifestações sublimes das deusas honradas nesse cântico (“MATAJI – As Mães Sagradas”), cada voz e cada instrumento unem-se em um todo harmonioso capaz de elevar qualquer ser humano à mais profunda comunhão com o espírito das deidades.
Essa música é a mais expressiva e representativa do grupo QUATRO CÂNTAROS, onde cada uma das integrantes do grupo oferecera suas ideias na elaboração desta reverência musical. As mães sagradas Lakshmi (hindu), Osún (iorubá) e Kwan Yin (chinesa) são evocadas nesse cântico, cujo o próprio grupo, de acordo com a obra de Alexandre Cumino, as identifica como “expressões divinas que pertencem ao Trono Feminino do Amor.
Inspirada nos procedimentos de composição musical das Ensaladas, apresenta nas vozes três melodias populares e uma de autor, acompanhadas por instrumentos de percussão e violoncelo:
DIWALI
Ai, ai, ai, hoje é dia de Diwali! Hoje é dia da festa das luzes, abençoados pela grande deusa mãe Lakshmi”.
 Em língua hindi, foi composta por um Coletivo de Sahaja Yoges de Hyderabad, na Índia, foi sugerida por Marília, que mora num Ashram da Sahaja Yoga. Refere-se ao famoso festival hindu das luzes, as festas de celebração do Ano Novo no calendário Vikrana. É realizado na primeira noite de lua nova do mês Kartika, que pode ser outubro ou novembro do nosso calendário ocidental. O festival celebra a vitória do bem sobre o mal, da luz sobre as trevas, e do conhecimento sobre a ignorância, apesar das lendas que acompanham o festival serem diferentes em regiões diferentes da Índia.
Esta canção reverencia Lakshmi, a energia da Mãe Divina que nos alimenta com beleza, harmonia, prosperidade e abundância.
XORODÔ – Ponto de Osún do Candomblé
 “Mãe que faz o rio ser sagrado, mamãe
Mãe que tornou o rio sagrado
Senhora das águas que dão vida aos filhos queridos
Torna o rio sagrado
Fernanda trouxe essa canção com a intenção de sobrepor à Diwali. Somente fazendo alguns recortes em Diwali e contraponto funcionou harmoniosamente.
Xorodô é um título que coloca-se apenas como referência, mas é um ponto de Candomblé. E esses não possuem título, pois para cada orixá entoa-se dezenas e dezenas de pontos. Portanto, esse é somente apenas mais um dos muitos pontos de Osún do Candomblé. Trata-se de uma cantiga da Nação Ketu, transcrita para pronúncia em português do idioma Iorubá.
Este ponto reverencia Osún, orixá que irradia amor, beleza; a senhora dos rios e cachoeiras que atrai a prosperidade. Durante toda a primeira parte da música, o ritmo dos instrumentos de percussão é o ijexá, usados nos pontos de Osún, e sugerido pela Fernanda para alinhavar as duas primeiras canções.
OM MANI PADME HUM
 “Salve a joia no lótus!
 Composição para vozes, violoncelo e instrumentos de percussão, feita por Elisabet com as palavras de um dos mais famosos mantras. Comumente traduzido do sânscrito como “Salve a joia no Lótus”, seu significado é muito mais abrangente e cada uma de suas seis sílabas possui complexos significados. De origem indiana, ficou conhecido no Tibete como o mantra da compaixão. Na China, este mantra ficou associado à figura de Kwan Yin, considerada, por alguns, a forma feminina de Avalokistesvara, o bodhisattva da compaixão.
Esta música reverencia Kwan Yin, divindade que representa o amor em forma de compaixão e também a paz, o perdão, a cura e a luz.
MAMÃE OSÚN – Ponto de Osún da Umbanda
Entrelaçando a melodia principal da música anterior, inicia o arranjo feito por Elisabet desta famosa e emocionante canção de domínio público, enquanto a batida constante da percussão do mantra permanece como um moto contínuo. Dentre as versões dessa canção, foi escolhida aquela apresentada pela Fernanda, e o canto agudo de Osún, que preserva a palavra OM, foi sugerido por Mirela.
Vale a pena conferir. Recomendo a todas as pessoas espiritualistas que entendem e enxergam o Sagrado em todas as suas manifestações.

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