Karin Willms
As
ruas do mundo todo são tomadas de um colorido ímpar, grafiteiros transformam
muros frios em telas a céu aberto. Muitas vezes a temática dessas obras nos
permite fazer links com os conteúdos do Ensino Religioso, como é o caso de
algumas imagens do brasileiro Eduardo Kobra.
“Eduardo
Kobra é um expoente da neovanguarda paulista. Seu talento emerge por volta de
1987, na periferia de São Paulo, e logo e espalha pela cidade. Seguindo os
desdobramentos que a arte urbana ganhou em São Paulo. Nesse caminho, ele desenvolve
o projeto “Muros da memória” que busca transformar a paisagem urbana através da
arte e resgatar a memória da cidade. Síntese do seu modo peculiar de criar, por
meio do qual pinta, mas também adere, interfere e sobrepõe cenas e personagens
das primeiras décadas do século XX, esse projeto é uma junção de nostalgia e
modernidade, resultando em pinturas cenográficas, algumas monumentais. Através
delas cria portais para saudosos momentos da cidade.
Kobra
apresenta obras ricas em traço, luz e sombra. O resultado é uma série de murais
tridimensionais que permitem ao público interagir com a obra. A idéia é
estabelecer uma comparação entre o ar romântico e o clima de nostalgia, com a
constante agitação característica dos grandes centros, como é São Paulo hoje.
Paralelamente,
Kobra realiza exposições dentro e fora do Brasil, além de pesquisas com
materiais reciclados e novas tecnologias, como a pintura em 3D sobre
pavimentos. O artista realizou na Praça Patriarca, no centro de São Paulo, a
primeira pintura em 3D sobre pavimento do Brasil. A técnica anamórfica consiste
em “enganar os olhos”, a pintura pode parecer distorcida em certo ângulo, mas,
vista do ângulo correto, estipulado pelo artista ela se “torna” 3D,
apresentando uma incrível variação de profundidade e realismo. O mais recente
projeto do artista, chamado “Green Pincel”, visa combater artisticamente os
vários tipos de agressões do homem a natureza e ao meio ambiente.
Inquieto
e irrefreável em suas buscas criativas, Kobra é hoje, um fenômeno da arte brasileira
da neovanguarda que “já” não se permite ignorar.”[1]
Estamos sempre em busca da inovação
e de novas formas de apresentar os elementos do universo religioso às crianças
sem fazer proselitismo e/ou juízo de valor. Neste sentido o cotidiano das crianças
torna a aprendizagem mais prazerosa trazendo um significado especial para a
troca entre professor e aluno. O grafite, além de fazer parte do cotidiano das
grandes cidades, salta aos olhos de que o observa e aproxima a criança da arte
e da cultura de forma leve e divertida.
Não é difícil encontrar grafites com
temáticas religiosas ou que remetam a elas. Os símbolos, vestimentas, etc.
trazem a estreita relação entre fé e cotidiano, que se expressa através dos
mais singelos detalhes que, por vezes, passam despercebidos aos olhos menos
atentos. Selecionamos aqui alguns painéis do artista Eduardo Kobra, que trazem
elementos e/ou líderes religiosos e que podem ser usados em sala de aula nos
mais diferentes conteúdos do Ensino Religioso.
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