sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Maui Tiki Tiki e a mãe do fogo - Conhecendo melhor a cultura MAORI

Antes de sabermos quem era Mau Tiki Tiki e o que ele fez, é necessário conhecer um pouco mais sobre a cultura e a religião do povo MAORI.

:: Quem foram os Maoris ::

     
A Palavra Maori significa “Normal” era a palavra utilizada para distinguir os mortais de divindades e espíritos, se eu pudesse definir o que seria o povo Maori diria que foi o povo mais animista de toda a Oceania, precisamente Nova Zelândia, terra essa onde viviam os Nativos Maori e onde vivem seus descendentes. Foi Sir James G. Fraser, que realizou um dos melhores estudos na zona da Oceania, ele definiu o povo Maori da seguinte maneira:  “Aqui a magia dominou a religião e venceu-a em toda a linha. Porque o ser humano, ao sentir-se impotente perante as forças da natureza, ao não poder aceder ao seu controle, ou pelo menos, ao não poder prever o seu desenvolvimento, trata de improvisar um ritual que lhe dê a possibilidade de recuperar parte da confiança perdida.”
Assim as tatuagens começam a se entrelaçar com a historia desse povo, na ótica que dentro dessa cultura os Tohunga (Tatuadores) eram vistos como sacerdotes que tinham o poder de sarar o individuo, como doutores prescreviam a receita para a cura dos males, no caso a cura do espírito e da alma, as tatuagens para esse povo tinha o poder de curar e de precaver do que poderia vir, de proteger, a afastar, de atrair, reverenciar, saudar e de lembrar, era seu amuleto de sorte seu Patuá nas muitas batalhas de um povo genuinamente guerreiro, talvez na tatuagem é que podemos conotar a forma mais expressiva de magia utilizadas pelos Maoris e relatada pelo estudioso Sir James G. Fraser.
O animismo tem duas notas peculiares: o particularismo e o ceremonialismo. Tenta-se trabalhar a alma, o espírito particular, individual e definido, de cada um dos elementos sobre os quais se deseja atuar e, ao considerar a sua personalidade espiritual, se quer descobrir a maneira de agradar ou atemorizar o espírito em questão daí a maneira que os elementos dos desenhos empregados na tatuagem Maori atuavam. Para isso, o pretendido conhecedor dessas almas desenvolve a cerimônia que melhor lhe parece que pode resultar, de acordo com a sua intenção no caso aqui abordamos o Tohunga ou “Tatuador”.

Neste caso, resulta claro que não há necessidade de mediador, de sacerdote, porque as regras se vão criando segundo aparece a necessidade correspondente. O espírito da coisa, do animal, ou do fenômeno em questão, é uma alma concreta e o praticante também o é; portanto, a cerimônia animista é uma conversa, um contato pessoal entre o espírito e o demandante, que se ajuda com a magia que ele conhece, que aprendeu com seus ancestrais ou que intuiu que é a mais indicada para essa alma, a melhor para essa ocasião concreta e a receita formas a serem utilizadas para cura de seus problemas.
 Se transpuséssemos esse feito na contemporaneidade diria que é aquela pessoa que chega e me diz vi esse desenho (elementos) e me identifiquei com ele, ele conta exatamente o que gostaria de expressar e perpetuar, relata o que é importante na vida dessa pessoa, demonstra seus valores e subconcientemente ela esta praticando uma forma de animismo quando da utilização dessa simbologia que é totalmente voltada as cusas Animistas.  

“O termo Animismo foi criado pelo antropólogo inglês Sir Edward B. Tylor, em 1871, na obra Primitive Culture (A Cultura Primitiva).
Pelo termo Animismo, Tylor designou a manifestação religiosa imanente a todos os elementos do cosmos (Sol, Lua, estrelas), a todos os elementos da natureza (rio, oceano, montanha, floresta, rocha), a todos os seres vivos (animais, árvores, plantas) e a todos os fenômenos naturais (chuva, vento, dia, noite); é um princípio vital e pessoal, chamado de "ânima", o qual apresenta significados variados:
•          cosmocêntrica significa energia
•          antropocêntrica significa espírito
•          teocêntrica significa alma
Consequentemente, todos esses elementos são passíveis de possuirem: sentimentos, emoções, vontades ou desejos, e até mesmo inteligência. Resumidamente, os cultos animistas alegam que: "Todas as coisas são Vivas", "Todas as coisas são Conscientes", ou "Todas as coisas têm ânima".
O Animismo possui três simples regras:
•          Tudo no cosmo tem "ânima";
•          Todo o "ânima" é transferível;
•         Tudo ou todo que transfere "ânima" não perde a totalidade de seu "ânima", mas quem ou que recebe perde parte ou a totalidade de seu "ânima", o qual será tomado pelo "ânima" doador.”

"Isso tudo é muito louco (Animismo) não vou focar no assunto, só postei para dar  uma base no entendimento o que seria o Animismo, e que ao longo de meus estudos sobre essa Cultura pude perceber quanto o Animismo era presente na vida desse povo, sintetizar tudo isso ao momento em que vivemos (contemporaneidade), é um trabalho árduo e delicado, pois transpor isso na pele das pessoas significa eternizar emoções e sentimentos. Tudo o que fazemos em vida ecoa pela eternidade, se eu de alguma maneira faço parte disso, que minha participação seja impecável"
 "Janser Tattoo" 


  
Há muitos pontos comuns na mitologia dos diferentes agrupamentos insulares da Oceania. Mas, naturalmente, as coincidências são tantas como as discrepâncias e as peculiaridades de cada etnia ou grupo, digamos nacional, sobretudo porque a enorme dispersão geográfica torna impensável que, embora se partisse da mesma raiz religiosa, fosse possível conservar inalterada a essência após pouco mais de um par de gerações, desta forma os desenhos de tatuagem também se perderam com o tempo, e em meus estudos busco da tradução dos seus significados a compreensão para uma adaptação contemporânea dos mesmo para nosso povo ocidental precisamente o povo Brasileiro que tem o misticismo como um forte atrativo.
As formas dos desenhos Polinésios que comumente são chamados de Maori, porem não são precisamente desenhos Maori, são desenhos de tribos da Oceania, podendo ser Samoano, Marquesan, existe muita confusão por parte de leigos e até mesmo por parte de tatuadores desinformados que executam um trabalho muitas vezes sem sentido algum (um mero Kiri) e a chamam de um trabalho Maori, para se ter noção da complexidade dessa cultura vou dar um exemplo.
O Tiki é um dos seres legendários e semi-divinizados que aparece com maior freqüência nas diferentes áreas é Maui ou, mais exatamente, Maui-Tiki-Tiki, que é o herói legendário, o ser divinizado de origem um humano pescador. Foi capaz de realizar o descobrimento do fogo e, como em tantas e tantas mitologias, esse herói proporcionador do supremo bem do fogo não atuava em seu proveito, porque o grande Maui-Tiki-Tiki, uma vez que possuiu o segredo do fogo, cedeu-o generosamente aos seus companheiros os humanos.
Também se tem o grande Maui por divindade dos primeiros frutos em algumas zonas da Polinésia e Micronésia. Na Nova Zelândia, para os maoris, Maui é a divindade que representa o Céu; nas ilhas Havai, Maui-Tiki-Tiki é o mesmo deus que Kanaroa, isto é, é o deus supremo do seu panteão, enquanto nas ilhas Tonga, ao noroeste da Nova Zelândia, Maui é somente um dos deuses simplesmente importantes do seu abigarrado olimpo local.

Na Nova Zelândia e no Havai e Tonga, coincide-se em relacionar Maui, o pescador, com a origem da terra; firme, dado que nas três zonas, tão diversas, se fala do pescador Maui como do artífice desse prodígio que foi recuperar a terra seca e habitável das profundidades do mar. Noutras zonas da Austrália, como Queensland ou New South Wales, conta-se que Maui marcou de vermelho a cauda de um pássaro local, porque a ave quis roubar-lhe o fogo que ele tinha descoberto, que é uma lenda muito similar à que se conta dos pássaros e do fogo nas ilhas Havai.
Tamanha é a complexidade desse povo e prova disso nada é encontrado na Web sobre o assunto, tudo foi se perdendo com o tempo e nem mesmos os Nativos Maori se interessam pelo assunto, fruto da intervenção radical que os colonizadores exerceram sobre esse povo. Alguns dos ritos importante na cultura Maori por decisão dos Sacerdotes que possuíam maior hierarquia inclusive foram trancadas dado a decepção de verem os membros de seu clã se integrarem com tanta volúpia ao costumes do homem branco, esquecendo-se de sua propia cultura, trazendo vergonha aos seus, e a vergonha para os Maori era pior do que a morte. Eles acreditavam quem seus descendentes não eram dignos de tal conhecimento. Um dos ritos que ficou perdido no tempo ao qual era a base de ensinamento aos mais jovens, quando passavam e se integrar como membros ativos da sociedade Maori era contada  inclusive nos rituais de Tatuagem (Seções), cantarolada em verso e proza dizia-se da seguinte maneira; que suas divindades, sob a presidência do deus Tangaroa, que é o ser supremo e com a inevitável presença da divindade mais ubíqua, Maui, que é o deus do Céu e está acompanhado pela sua esposa Innanui. Nesse céu brilha Rona, o Sol do dia, e Moramá, a Lua da noite, embora exista Papa, a Mãe, que também representa a Lua, sendo então Rangi ou Raki, o seu companheiro e o deus do Céu. A raça humana começou com Oranova e Otaia, sendo Dopu, o filho de Otaia, o senhor das trevas.
 
Rangi
 
Tangaroa
No paraíso reina Higuleo e é Hne-Nui-Te-Po quem se encarrega de levar lá os espíritos dos humanos após a sua morte, porque é a deusa das almas, enquanto Tokai representa na terra o poder do fogo e o perigo dos vulcões, e no céu está Tawhaki, deus das nuvens e o trovão, um dos seis filhos de Papa e Rangi, e irmão de Tane Mahuta, que é uma divindade da selva.
 Hne-Nui-Te-Po
Estes dois irmãos, fiéis aos seus pais, enfrentaram os outros quatro maiores, que queriam matar Papa e Rangi para que a luz do céu lhes chegasse a eles, e conseguiram o seu propósito, embora na briga, a fúria do combate arrastasse grande parte da superfície sob as águas do mar, por isso ficou tanta extensão de água e tão pouca de terra firme.
  http://www.tatuagem.com.br/maori/cultura-maori/745--quem-foram-os-maoris-.html

Mitos da Ocêania

     
MITOS DA OCEÂNIA
Em primeiro lugar, se queremos falar da mitologia da região, de- vemos começar situando a Oceânia no contexto físico, dado que, embora se fale dela como se se tratasse de mais um continente, não é tão simples precisar com claridade a sua justificação geográfica O acordo mais recente que se tomou sobre os seus limites precisa que é um conjunto de terras dividido em duas zonas. Australásia e Melanésia, que compreendem a Austrália e Nova Zelândia, por um lado, e a Melanésia, propriamente Micronésia e Polinésia. Mas também se costuma considerar a Oceânia dividida em quatro grandes itens.    
O primeiro é Austrália com a maior massa de terra firme. Atrás dela estão Micronésia, Melanésia e Polinésia, este último grupo é o mais extenso dos insulares dado que compreende todas as ilhas encerradas num polígono que vai desde as duas maiores ilhas, as de Nova Zelândia, até a ilha de Páscoa, a mais próxima da costa americana, passando pelas Havai, Taiti e Samoa. Portanto, foram abandonadas as antigas convenções que supunham que Malásia, a atual Indonésia, ou uma parte dela, Filipinas e outras ilhas, como o arquipélago japonês das Kuris, faziam parte desta quinta região continental.
Oceânia é uma zona eminentemente insular, dado que, à parte do grande território continental de Austrália mais a ilha de Tasmânia,Papua e as duas ilhas da Nova Zelândia,o resto está composto por mais de dez mil ilhas e ilhéus, com uma extensão total de uns 120.000 quilômetros quadrados, o que vem a dar uma (enganosa) média de pouco mais de dez quilômetros quadrados por ilha, cifra que dá idéia da escassa concentração humana, da dispersão da sua população e da elevada quantidade de áreas separadas que formam este conjunto tão heterogêneo.
Quanto à divisão da sua população digamos autóctone, há dois grandes grupos étnicos muito diferenciados: melanésios, de rasgos predominantemente negróides, e micronésios, de rasgos mais mongolóides.
Os micronésios, por sua vez, se distribuem aproximadamente em dez zonas lingüísticas diferentes. A população primeira desta região chegou principalmente da Ásia (já que também houve emigrações menores da América) por sucessivas ondas há só uns vinte mil anos, e muitos dos territórios insulares mais orientais são de muito recente população, alguns até receberam a sua população primitiva no primeiro milênio da nossa era, como é o caso particular das ilhas Havaí, que receberam primeiros imigrantes,vindos das ilhas Marquesas, no século V, com a segunda emigração que chegou do Taiti, nos séculos IX e X.
UMA CONSTANTE ANIMISTA
Em toda a Oceânia,especialmente na Melanésia,o animismo é o sistema de crenças mais importante.Este sistema animista, como apontava Sir James G. Fraser, que realizou um dos melhores estudos da zona, é a demonstração de que aqui a magia dominou a religião e venceu-a em toda a linha. Porque o ser humano, ao sentir-se impotente perante as forças da natureza, ao não poder aceder ao seu controle, ou pelo menos, ao não poder prever o seu desenvolvimento, trata de improvisar um ritual que lhe dê a possibilidade de recuperar parte da confiança perdida.
O animismo tem duas notas peculiares: o particularismo e o ceremonialismo. Tenta-se trabalhar a alma, o espírito particular, individual e definido, de cada um dos elementos sobre os quais se deseja atuar e, ao considerar a sua personalidade espiritual, se quer descobrir a maneira de agradar ou atemorizar o espírito em questão. Para isso, o pretendido conhecedor dessas almas desenvolve a cerimônia que melhor lhe parece que pode resultar, de acordo com a sua intenção. Neste caso, resulta claro que não há necessidade de mediador,de sacerdote,porque as regras se vão criando segundo aparece a necessidade correspondente. O espírito da coisa, do animal,ou do fenômeno em questão,é uma alma concreta e o praticante também o é;portanto,a cerimônia animista é uma conversa, um contato pessoal entre o espírito e o demandante, que se ajuda com a magia que ele conhece, que aprendeu dos seus maiores ou que intuiu que é a mais indicada para essa alma, a melhor para essa ocasião concreta.
O ANIMISMO HOJE
Temos um interessante exemplo atual deste culto animista na Papua Nova Guiné, a metade independente da ilha de Nova Guiné, com uma extensão de perto de meio milhão de quilômetros quadrados e uma escassa população, pouco mais de três milhões de habitantes; ora bem, neste novo país, no qual apenas três por cento da população se declara oficialmente não cristã, existe o culto animista mais moderno que se conhece. Começou com a chegada dos europeus e a sua exibição de grandes embarcações,das quais desciam portentosas maquinarias, instrumentos e bens, até a essa altura desconhecidos para os papus (nome malaio que se refere ao cabelo encrespado dos aborígenes). Pois bem, desde a Segunda Guerra Mundial, num momento em que os papus assistiram a um portentoso incremento de transportes militares na sua ilha, Papua viu como se acelerava e se institucionalizava o culto da carga (Cargo Cult), com cerimônias particularizadas na espera dos papus para que cesse a intervenção maléfica do homem branco, o estrangeiro que muito bem sabem que foi quem desviou a carga a eles destinada, primeiro nos barcos e agora nos aviões;no ritual coletivo deste culto oficia-se através de modelos de aviões feitos ingenuamente em madeira, com os quais se invoca os de verdade; a cerimônia desenvolve-se periodicamente nas imediações do aeroporto da capital,em outra maquete ritual do aeroporto de Port Moresby,precisamente para fazer com que a magia atue em substituição, ao ser evidente que os aborígenes não têm o poder nem os meios técnicos necessários para reclamar pela força essa carga tão ansiada que exigem. Com certeza, se afirma que não há signos de que este culto tenha remetido com a passagem do tempo, ao contrário, cada dia parece mais estabelecido e melhor definido. Mas, ao mesmo tempo que existe este culto moderno, se continua julgando que Kat foi o herói que trouxe a noite aos humanos. A magia, em toda a Oceânia, se assimila a uma forma de defesa perante a realidade e a sua última conseqüência, a magia destrutiva é simplesmente uma arma utilizada pelo oficiante num ato de legítima defesa para destruir o inimigo, que não se pode parar doutro modo, mas esta magia destrutiva só re- veste o inofensivo aspecto (para nós, que não temos a maldição) de um sortilégio pronunciado com todas as condições prescritas pelo ritual.
O TOTEMISMO, O OUTRO PILAR
Uma visão especialmente significativa foi a que obteve da Austrália o grande sociólogo Emile Durkheim, que descreveu na sua obra "As formas elementares de vida religiosa"(1915) tudo o que pôde observar sobre o totemismo na Austrália, nos núcleos de população indígena, definindo esse totemismo com uma forma de pensamento que concebe os seres humanos como outra das diversas partes integrante duma única natureza. No totemismo, a vida inteira é uma unidade, e a vida religiosa, a crença, está tudo encadeado ao conjunto universal. As cerimônias são a parte mais importante desta forma de crença e, mais ainda, as grandes cerimônias (como em todas as religiões estabelecidas) são também outra forma direta de explicar a sociedade; por isso, nos escassos grupos aborígenes que vivem no interior da Austrália, ainda se podem encontrar grandes ritos onde a presença da mulher está vetada. Esta proibição é outra forma de acentuar a diferença social entre homens e mulheres.Estas,por sua parte, também tinham e têm cerimônias exclusivas e separadas, como separada na sua vida civil. Naturalmente, trata-se duma sociedade em que a poligamia era uma forma habitual de construção familiar, com um número de esposas variável dentro do continente australiano, mas oscilando entre um mínimo de duas ou três e um máximo de vinte e nove entre os tiwi. No estabelecimento do número de esposas, o critério mais importante era o dos meios de que dispunha o cabeça de família e,como em todas as poligamias,a primeira ou primeiras esposas eram as que pediam que se tomassem novas, dado que a incorporação de esposas jovens descarregava de trabalho as existentes e se traduzia num aumento da potência econômica do grupo familiar.
PRÁTICAS TOTÉMICAS DA AUSTRÁLIA
Entre as práticas religiosas próprias da Austrália é possível encontrar em Arnhem verdadeiros cantores tradicionais do ritual da "alcovitagem", oficiantes em transe que recitam o que os espíritos lhes estão comunicando no seu especial diálogo pessoal. Mas a prática totémica mais representativa do território Ananda, na Austrália, está nos Tjurunga, os objetos sagrados elaborados sobre pedras ou peças de madeira, com decoração e linguagem sagradas,feito à base de incisões rituais.Outros ritos totêmicos de Arnhem foram desde tempo imemorial os maraiin e os rangga. Os primeiros eram representações realistas de pessoas, animais, plantas e objetos; os rangga eram postes cerimoniais. Mas tudo isso construído sem nenhuma ideia de permanência, dado que se tratava de objetos que se sabiam perecedouros, porque só estavam destinados a servir de mensagem ritual nessa ocasião concreta. No totemismo, a preocupação transcendental dos seres humanos centra-se unicamente em dois pontos:em primeiro lugar, que as estações não interrompessem a sua habitual sucessão nem variassem na sua forma climática; depois, que a vida mantivesse também o seu ritmo habitual e que decorresse com a continuidade esperada, isto é, que os seres vivos pudessem continuar vivendo tranqüilamente, como sempre se tinha vivido, dentro das coordenadas conhecidas através de gerações, sem que se tivesse que sofrer por conseqüência de alguma mudança inesperada e não desejada.
http://www.tatuagem.com.br/maori/cultura-maori/763-mitos-da-oceania.html



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