sexta-feira, 10 de outubro de 2025

O mito das cerejeiras

 Segundo os mitos da terra do sol nascente, existe a deusa Konohana Sakuya Hime, cujo significado é “Princesa que faz as árvores florescerem”. De acordo com a lenda, Konohana Sakuya se casou com Ninigi, o deus do mar, e em uma noite engravidou. Isso deixou o deus desconfiado da fidelidade da esposa, e ela, enfurecida, fugiu para uma cabana que foi incendiada. Konohana Sakuya prometeu que, caso seu filho saísse ileso, era porque aquela criança era realmente um filho do casal. E assim, no meio do incêndio, a princesa deu à luz a três filhos. Também é contado que em um determinado momento, Konohana Sakuya caiu dos céus perto do monte Fuji, e lá se transformou em uma bela flor de cerejeira.

Também no bushido essa flor tem grande representação: as cerejeiras são árvores que florescem durante um curto período do ano, e com isso, os samurais associaram a flora à efemeridade da existência humana e a fugacidade da, ou seja, o ser humano passa por essa terra por um curto período de tempo e, por isso, precisa ser bem vivida e bem aproveitada.

Fonte: https://gookaiwadaiko.blogspot.com/2013/12/o-mito-das-cerejeiras.html



VAMOS FAZER UM ORIGAMI DA FLOR DE CEREJEIRA?


Fonte: https://chine-culture.com/pt/origami/flores/origami-de-flor-de-cerejeira.php



Como surgiram as estrelas?

 Era uma vez uma aldeia bororo. Há muito tempo atrás, as mulheres saíram para o mato enquanto os homens saíram para a caça. No mato, as mulheres descobriram o milho, que até então não conheciam e passaram a se alimentar dele, diariamente. Depois, voltaram para a aldeia e nada disseram sobre o milho aos seus homens.

Essa situação foi continuando indefinidamente por muito tempo, um tempo em que ainda não havia estrelas no céu. Os homens desconfiaram de algo, pois a caça estava ruim e eles voltavam para a aldeia sempre famintos e nada tinham para comer. Já as mulheres, retornavam para a aldeia com a fome saciada. Os homens, finalmente, descobriram sobre o milho.

Nesse meio tempo, as crianças da aldeia, que ficavam sozinhas, ficaram chateadas e pediram a um beija-flor que levasse um cipó bem comprido e o amarrasse no céu. Subiram as crianças por esse cipó para o céu, mas, as mulheres que retornaram para a aldeia viram o cipó e também foram
subindo atrás das crianças.

A última criança, porém, cortou o cipó, e as mulheres que subiam despencaram do céu. As que conseguiram se segurar nas árvores, se transformaram em macacos, quatis e outros animais. As que caíram no chão, se tornaram animais terrestres, como a paca e a cotia.

Pouco tempo depois, as crianças, lá do céu, começaram a observar seu povo na terra e seus olhos brilhavam no ambiente celestial. Seus olhos brilhavam como as estrelas e foi assim, segundo a mitologia dos Bororo, que surgiram as estrelas.

Fonte: https://www.saobernardo.sp.gov.br/web/cultura/lenda-indigena



A criação do mundo segundo os yorubás

 No começo, o mundo era todo pantanoso e cheio d’agua, um lugar inóspito, sem nenhuma serventia. Acima dele, havia o Céu, onde viviam Olorum e todos os orixás, que às vezes desciam para brincar nos pântanos insalubres. (...) Ainda não havia terra firma, nem o homem existia. Um dia, Olorum chamou à sua presença Obatala, o Grande Orixá. Disse-lhe que queria criar terra firme lá embaixo e pediu-lhe que realizasse tal tarefa. Para a missão, deu-lhe uma concha marinha com terra, uma pomba e uma galinha com pés de cinco dedos. Obatalá desceu ao pântano e depositou a terra da concha. Sobre a terra pôs a pomba e a galinha e ambas começaram a ciscar. Foram assim, espalhando a terra que viera na concha até que terra firme se formou por toda parte. (...) Depois Olorum mandou Obatalá de volta a Terra para plantar árvores e dar alimentos e riquezas ao homem. (...) Foi assim que tudo começou. Foi ali, em Ifé, durante uma semana de quatro dias Que Obatalá criou o mundo e tudo o que nele existe. (...)Mas a missão não estava ainda completa. Obatalá modelou em barros os seres humanos e o sopro de Olodumare os animou. O mundo agora se completara E todos louvaram Obatalá. 

Fonte: Prandi, Reginaldo. Mitologia dos orixás. São Paulo, 2001.



1, 2, 3... 4, 5, 6... em apenas 6 dias, Deus tudo fez

 No cristianismo, a criação do mundo é narrada na Bíblia, no livro de Gênesis, como um ato soberano de Deus, que criou o universo, a Terra e toda a vida em sete diasComeçou com a formação da Terra a partir do nada, na presença do Espírito de Deus e das águas, e culminou na criação do ser humano à Sua imagem e semelhança. 

A Criação em Sete Dias

A narrativa bíblica descreve a criação em um período de sete dias: 
Primeiro Dia: Deus criou a luz, separando-a da escuridão e nomeando-as dia e noite. 
Segundo Dia: Deus separou as águas, formando o firmamento (o céu) e reunindo as águas inferiores em oceanos. 
Terceiro Dia: Deus fez surgir a terra seca, que cobriu com vegetação, flores e árvores frutíferas. 
Quarto Dia: Deus criou o sol, a lua e as estrelas para reger o dia e a noite, estabelecendo as estações e o tempo. 
Quinto Dia: Foram criados os peixes e a vida marinha, além das aves que voam no céu. 
Sexto Dia: Deus criou os animais terrestres e os seres humanos, homens e mulheres, moldados a partir do barro e dados a vida pelo fôlego de Deus. 
Sétimo Dia: Deus descansou, abençoou esse dia e o santificou, completando sua obra.
OBSERVE AS IMAGENS A SEGUIR E ENCONTRE 7 ERROS: 





segunda-feira, 28 de abril de 2025

O que é democracia?

 A palavra democracia vem do grego. Nessa língua, demos significa povo e cracia quer dizer poder. Juntando as duas partes chegamos à conclusão que democracia significa poder do povo, ou ainda, poder no povo.


Apesar de já ter sido criada há muitos séculos, ainda tem gente que não entende muito bem o que é democracia, o que ela garante, como funciona e por que é tão importante fortalecê-la. Se você também tem dúvida, venha com a gente!


História da democracia

A democracia nasceu na Grécia Antiga por volta do ano 507 A.C. Cansados de governos tiranos e opressores, alguns povos gregos começaram a experimentar uma forma de governo chamada de democracia direta, que consistia, basicamente, em juntar os cidadãos e deixar que chegassem num consenso sobre o que era melhor para todos. Eles se reuniam em uma praça pública, chamada de ágora, e discutiam a política e os assuntos de interesse da comunidade. Isso era possível porque eles eram poucos e podiam se reunir num lugar só.


Não que a população fosse pequena, mas só os homens livres, nascidos na Grécia, que não precisavam trabalhar para sobreviver, eram considerados cidadãos e podiam participar das decisões. Ficavam de fora os homens trabalhadores, como comerciantes e artesãos, as mulheres, as pessoas escravizadas, os estrangeiros e as crianças.


Participativa ou representativa?

Existem dois tipos de democracia. A do modelo grego, que chamamos de participativa ou direta, em que os próprios cidadãos criam e votam as leis; e a indireta ou representativa, exercida por cidadãos que são eleitos para representar um determinado grupo.


A democracia representativa, que é a que vivemos no Brasil, surge da impossibilidade de reunir milhões de pessoas num mesmo lugar para discutir e tomar decisões conjuntas.


Nem todos os países são democracias

O contrário de democracia é ditadura ou autocracia, outro termo grego que significa governo por si próprio (auto = em si mesmo e cracia = poder). Neste caso, o governo está na mão de uma única pessoa ou de um determinado grupo que assume o poder por conta de privilégios econômicos, sociais ou por hereditariedade, e permanece no comando por imposição ou pelo uso da força. Se o povo não concordar com as decisões, não pode fazer nada para mudar.


Hoje, o Brasil é uma república democrática. Elegemos nosso presidente e também nossos representantes. Além disso, nossos direitos estão assegurados pela Constituição de 1988, a mais recente da nossa história. Mas nem sempre foi assim.


Um exemplo disso ocorreu entre 1937 e 1945, quando foi instituído por aqui o chamado Estado Novo, uma ditadura sob o comando do presidente Getúlio Vargas. Naquela época, o Congresso Nacional foi fechado e o povo ficou sem poder eleger seus representantes.


O caminho da democracia

É muito mais complexo governar numa democracia. Afinal, as vontades e as necessidades das pessoas de uma população são bem diferentes. As decisões mais maduras, que beneficiam de forma mais ampla o povo e que resultam em um bem coletivo para a sociedade, precisam ser muito bem discutidas e isso leva tempo.


Todo esse trabalho vale a pena quando pensamos que numa democracia está garantida a participação popular e, ainda, a liberdade de expressão.


Voto: principal instrumento de participação

O voto é fundamental porque é por meio dele que escolhemos nossos representantes. É com esse instrumento precioso que dizemos quem pode tomar decisões no nosso lugar. No Brasil, o voto é universal – isso quer dizer que ricos ou pobres, alfabetizados ou não, empregados ou desempregados têm o mesmo peso na escolha dos representantes. Um voto não vale mais do que o outro. Leia mais sobre voto aqui.


E a democracia direta, ainda existe?

A Constituição de 1988 prevê três formas de participação popular direta: o referendo, o plebiscito e a iniciativa popular.


Referendo

Referendo é uma consulta que o governo faz à população a respeito de uma decisão já tomada – uma lei já em vigor, por exemplo.


Em 2005, houve um referendo relacionado à Lei Nº 10.826/2003, conhecida como Estatuto do Desarmamento. O objetivo era conhecer a opinião das pessoas sobre o artigo 35, que proibia o comércio de armas de fogo e munição em todo o território nacional. Brasileiras e brasileiros foram às urnas e a maioria foi contra a proibição. O artigo foi excluído da Lei.


Plebiscito

Muita gente confunde plebiscito com referendo, mas eles têm uma diferença básica. O plebiscito é feito antes de o governo tomar uma decisão.


Em 1993, os(as) brasileiros(as) foram convocados(as) para decidir sobre a forma e o sistema de governo que gostariam de ter. Os(as) eleitores(as) puderam fazer duas escolhas, cada uma apresentando duas alternativas: a primeira, sobre a forma de governo, com as opções de monarquia ou república; a segunda, sobre o sistema de governo, com as opções de presidencialismo ou parlamentarismo. A população optou por manter o País como uma república presidencialista.


Projeto de Lei de Iniciativa Popular

Não é só parlamentar que pode formular leis. A sociedade também pode propor, se quiser. Os Projetos de Lei de Iniciativa Popular devem ser apresentados à Câmara dos Deputados na forma de um abaixo-assinado, com assinatura de pelo menos 1% dos(as) eleitores(as) do País, distribuídos por, pelo menos, cinco estados do Brasil ou no Distrito Federal. Depois de recebidas no Congresso, essas propostas são analisadas como qualquer outro projeto de lei.


Por exemplo: a Câmara recebeu, em 2009, o projeto de iniciativa popular conhecido como “ficha limpa”, que propunha que qualquer pessoa condenada por um crime fosse impedida de concorrer a um cargo político. O projeto contou com o apoio de 1,3 milhão de pessoas, que assinaram a proposta formulada pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, integrado por 43 organizações.


Reprodução autorizada desde que contenha a assinatura "plenarinho.leg.br - Câmara dos Deputados" e não seja para fins político-partidários

quinta-feira, 20 de março de 2025

Tipos de ritos e rituais

 

Material completo disponível em: https://mid-educacao.curitiba.pr.gov.br/2025/3/pdf/00514358.pdf

Entenda qual é a diferença entre rito e ritual

 De maneira geral, o rito é um conceito mais amplo de algum aspecto de uma religião, por exemplo. Esse aspecto é o conjunto de conteúdos de um mito transmitido com base nas crenças da determinada religião. Para colocar o rito em prática são feitos rituais específicos e estes são compostos por gestos, ações, palavras, entre outros. 

Para compreender melhor o assunto e conhecer os dois termos usuais do misticismo, confira com mais detalhes a diferença entre rito e ritual e como eles são elaborados.

O que é rito?

A palavra "rito" tem origem no latim e é um termo que se refere aos costumes invariáveis, já estabelecidos por meio de regras ou normas de uma cerimônia de determinada cultura ou religião. 

Um rito é baseado nas crenças das pessoas que o realizam e é uma forma de simbolizar e transmitir as ideias e os conceitos de algum tipo de mito.

Dentro de uma religião, por exemplo, a existência e a narração dos ritos é uma tradição muito importante para os praticantes, de maneira que podem ser aplicados com um objetivo individual ou social.

O rito individual é realizado por uma única pessoa, de forma que o local e o tempo utilizado para a repetição do rito tornam-se elementos sagrados. Pessoas que têm o costume de orar todos os dias sem falta, no mesmo horário, em um lugar específico e recitando a mesma oração, por exemplo, têm um rito individual. 

Já o rito social, ainda com o exemplo de caráter religioso, é elaborado por todo o grupo de pessoas que formam a religião. Nessa questão, é possível diferenciar as crenças e mitos que dão origem às religiões, uma vez que o rito social pode ser diferente em cada culto por causa da cultura da sociedade em que está inserido.

Contudo, a base primária dos ritos não muda muito nas tradições da humanidade. Por exemplo: existe uma crença muito difundida no mundo de preparar uma cerimônia para os vivos se despedirem dos mortos, conhecida como rito funerário.

Porém, enquanto em algumas culturas são feitos velórios, em outras são elaboradas grandes festas. Portanto, o jeito de aplicar o rito - ou seja, o ritual - é diferente, mas o conceito que dá base a ele é o mesmo. 

Existem ritos mais populares que outros, como é o caso do rito de purificação que é o bastimo; os sacrifícios; a consagração de reis, sacerdotes e outros líderes de uma cultura e, por fim, os ritos de passagem e de iniciação, conhecidos por serem, respectivamente, o acesso de uma etapa para outra e a introdução de ensinamentos básicos para as pessoas que estão iniciando uma determinada prática.

No cotidiano, o termo rito também pode ser utilizado em situações rotineiras, sem qualquer vínculo com o misticismo. Por exemplo, alguém que diz "vou te apresentar meus ritos de lazer", significa que ela faz determinadas atividades de maneira costumeira para se entreter.


O que é ritual

Enquanto o rito é o conceito por trás de tudo, o ritual é a prática. Dessa forma, a celebração do rito, isto é, a concretização dos costumes, das regras estabelecidas e dos ensinamentos tradicionais é chamada de ritual.

Formado por um conjunto de ações, símbolos, palavras e/ou gestos, o ritual - palavra que também tem origem no latim - é feito com o objetivo de celebrar uma tradição e alcançar um determinado resultado.

Por exemplo, a cerimônia do casamento é um ritual elaborado para aplicar o rito de união entre duas pessoas e, assim, passar de uma pessoa solteira para casada. 

Assim como o rito, o ritual pode ser realizado de maneira individual ou social, além de utilizar ferramentas específicas para a sua efetivação. Estas podem ser roupas, objetos mágicos e/ou com grande valor simbólico - como, no caso do casamento, as alianças - e ser feito em lugares considerados sagrados, seja para você, como um altar em casa, ou para o coletivo, como um templo.

Também existem os rituais psíquicos que são praticados para chamar ou afastar vibrações, energias ou forças sobrenaturais de algo ou de alguém. Esse tipo de ritual deve ser sempre acompanhado de alguém especializado na área.

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/horoscopo/entenda-qual-e-a-diferenca-entre-rito-e-ritual,4cc65d87cf1dc9a2299842dee86d1692qpjcvxlb.html?utm_source=clipboard

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Contrato de combinados da turma

 Nesse tipo de dinâmica, o foco está no engajamento dos estudantes às regras de boa convivência em sala de aula.

Os alunos devem pensar em regras essenciais para o convívio e o bom desenvolvimento da turma. A partir daí, elabora-se um contrato que deve ser assinado por todos e guardado pelo professor.

Ao longo do ano, quando forem surgindo algumas questões ou conflitos, o contrato pode servir de referência para as tomadas de decisão coletivas.